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Itália detém imigrante com ordens para executar um atropelamento em massa

A polícia italiana encontrou um vídeo no qual o imigrante supostamente jurava lealdade ao líder do Estado Islâmico

Itália: o promotor italiano disse que o imigrante da Líbia estava no país desde março de 2017 (iStock/Thinkstock)
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EFE

Publicado em 26 de abril de 2018 às 11h53.

Roma - Um imigrante gambiano que supostamente jurou lealdade ao grupo terrorista Estado Islâmico ( EI ) e recebeu ordens para executar um atropelamento em massa foi detido em Nápoles, no sul da Itália , mas revelou que não tinha planejado a ação e que não pensava em fazê-la, anunciaram nesta quinta-feira as autoridades do país europeu.

O promotor de Nápoles, Giovanni Melillo, explicou aos veículos de imprensa que o detido em uma operação em 20 de abril é um gambiano de 21 anos de idade que chegou à Itália em março de 2017, junto com outros imigrantes que zarparam em balsas da Líbia.

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De fato, o gambiano solicitou asilo político na Itália e, enquanto seu pedido era tramitado pelas autoridades italianas, vivia há quase um ano em um centro de acolhimento para imigrantes na cidade napolitana de Licola.

Os investigadores localizaram um grupo no aplicativo de mensagens Telegram onde o imigrante supostamente divulgou um vídeo no qual jurava lealdade ao líder do EI, Abu Bakr al Baghdadi.

Durante o seu interrogatório, o detido, identificado como Alagie Touray, confessou que tinha recebido por esse mesmo aplicativo o pedido de "lançar um veículo contra as pessoas", mas esclareceu que não tinha a intenção de executar essa ordem.

O chefe da polícia italiana, Franco Gabrielli, ressaltou que o detido sequer tinha planejado um ataque, por isso, disse aos veículos de imprensa que "não foi desbaratado um possível atentado, mas um homem disponível para realizá-lo foi detido".

"Não foi desbaratado o atentado, mas detivemos um sujeito que tinha feito um juramento, e consideramos altamente provável que ele poderia cumprir esse juramento", esclareceu Gabrielli.

A identificação do indivíduo foi possível graças a um aviso das forças de segurança e inteligência da Espanha, segundo confirmou o ministro de Justiça interino, Andrea Orlando, que agradeceu a seu colega espanhol, Rafael Catalá, em comunicado.

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