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Itália adia decisão sobre caso Maradona

Agência Tributária Italiana reivindica 40 milhões de euros pelo não pagamento do imposto de pessoas físicas entre os anos 1985 e 1990, quando o argentino jogava no Napoli

No começo, a dívida era de 13 bilhões de liras, que aumentou para 40 milhões de euros ao serem somados juros pela demora do pagamento (Chris McGrath/Getty Images)

No começo, a dívida era de 13 bilhões de liras, que aumentou para 40 milhões de euros ao serem somados juros pela demora do pagamento (Chris McGrath/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2012 às 21h34.

Roma - A Comissão Tributária de Nápoles, reunida nesta quinta-feira, considerou o caso complexo e por isso não tomou decisão alguma sobre o recurso apresentado por Diego Armando Maradona, de quem o Fisco italiano cobra uma dívida de 40 milhões de euros por supostos impostos não pagos.

De acordo com a imprensa italiana, a comissão preferiu não se posicionar e deu a entender que demorará ainda um bom tempo para emitir uma sentença.

Maradona não esteve presente na audiência, mas apenas seu advogado na Itália, Angelo Pisani, que garantiu que seu cliente não deve pagar "nem um euro" ao Fisco.

A Agência Tributária Italiana reivindica 40 milhões de euros pelo não pagamento do imposto de pessoas físicas entre os anos 1985 e 1990, quando o argentino jogava no Napoli.

No começo, a dívida era de 13 bilhões de liras, que aumentou para 40 milhões de euros ao serem somados juros pela demora do pagamento.


Pisani que Maradona não tem que pagar nada porque nunca recebeu a notificação e porque as verificações foram canceladas com uma sentença de 1994, tanto em sede penal quanto em sede tributária.

O advogado acrescentou, na mesma linha mantida pelo ex-jogador, que quando foi exigido o pagamento já fazia seis meses que o atual técnico do Al-Wasl, dos Emirados Árabes, não se encontrava na Itália.

'El Pibe' propôs à Agência Tributária Italiana, através de Pisani, um acordo para pôr fim ao litígio, se dispondo a entregar 3,5 milhões para a criação de um escritório para atender pessoas que o astro chamou de "vítimas do fisco", o que foi rejeitado. O advogado do ex-atleta reconheceu nesta quinta que a proposta era uma provocação.

Na tentativa de recuperar a dívida, a Guarda de Finanças italiana já confiscou de Maradona alguns brincos que o ídolo usava enquanto estava em um centro de emagrecimento do norte da Itália, que foram leiloados em 2010 por 25 mil euros. E em 2006, aproveitando outra visita do ex-jogador ao país, foi confiscado um relógio Rolex avaliado em 11 mil euros.

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