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Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2012 às 19h41.
Jerusalém - As autoridades israelenses rejeitaram, nesta quarta-feira, reagir às acusações do governo do Sudão, que assegurou que aviões da Força Aérea israelense bombardearam uma fábrica de armas no sul de Cartum.
Contatados pela Agência Efe, porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores, das Forças de Defesa e do escritório do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitaram falar sobre as acusações do Sudão.
"Não estamos fazendo nenhum comentário sobre essa questão", responderam.
O ministro sudanês de Informação Ahmed Bilal Ozman, afirmou que quatro aviões militares israelenses bombardearam, nesta madrugada, uma fábrica de armas em um ataque no qual morreram duas pessoas.
Em entrevista coletiva na capital sudanesa, Bilal Ozman assegurou que os projéteis destruíram, parcialmente, o complexo industrial militar e que um dos depósitos de armas ficou totalmente destroçado.
O ministro explicou que os aviões entraram pelo leste do Sudão e que o número de série dos projéteis lançados e outros detalhes, demonstram que são israelenses.
"O Estado sudanês se reserva no direito de responder no momento e local adequados", disse o ministro, que adiantou que Cartum apresentará uma queixa oficial perante o Conselho de Segurança da ONU.
O governo sudanês acusou, em diversas ocasiões, que Israel foi responsável por perpetrar ataques em seu território, o mais grave ocorrido em janeiro de 2009, quando um bombardeio contra um comboio sudanês, que era suspeito de levar armas à faixa de Gaza, causou a morte de 39 pessoas.
Em maio, o governo do Sudão apontou Israel como o possível autor da explosão de um veículo na cidade de Porto Sudão, que causou a morte de uma pessoa.