Esplanada das Mesquitas: Local foi reaberto para muçulmanos (Ammar Awad/Reuters)
EFE
Publicado em 16 de julho de 2017 às 16h59.
Jerusalém - A Esplanada das Mesquitas de Jerusalém reabriu suas portas neste domingo (16) após mais de 48 horas de fechamento, após a instalação de detectores de metais como uma das medidas de segurança impostas por Israel após o ataque de sexta-feira (14) na Cidade Antiga.
"(A mesquita de) Al Aqsa foi reaberta para muçulmanos residentes em Jerusalém e visitantes", confirmou à Agência Efe o porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld, que indicou que "o acesso ao Monte do Templo (denominação judaica para a Esplanada das Mesquitas) será permitido gradualmente".
As medidas de segurança adicionais, entre elas o fechamento do recinto, são uma resposta ao ataque de sexta-feira próximo do Portão dos Leões da Cidade Antiga, no leste ocupado de Jerusalém, onde três árabes-israelenses abriram fogo contra dois agentes da polícia de Israel, que morreram posteriormente por causa dos ferimentos.
Os três agressores também morreram, atingidos por disparos das forças de segurança.
Hoje, após a reabertura, funcionários do Waqf (autoridade do patrimônio islâmico encarregada pela segurança do recinto sagrado), se negaram a passar pelos detectores de metais, segundo informou a porta-voz policial Luba Samri em um comunicado, no qual acrescentou que "não haverá discriminação por idade" para permitir a entrada ao recinto.
O ministro de Segurança Pública de Israel, Gilad Erdan, indicou horas antes à emissora de rádio do exército que alguns dos portões destinadas ao acesso dos muçulmanos "continuarão fechados hoje" e acrescentou que pretende instalar detectores de metais "o mais rápido possível".
"As portas (com detectores de metais) servirão para prevenir qualquer ataque como o de sexta-feira", afirmou à Efe Rosenfeld, que reconheceu não saber ainda o número exato de dispositivos instalados, mas confirmou que Israel aumentará as unidades policiais nos arredores da Esplanada e na Cidade Antiga, além das câmeras de vigilância.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou neste fim de semana que "tomaria todas as ações necessárias para manter a segurança no Monte do Templo, sem mudanças no status quo", que determina que a Esplanada esteja sob custódia da Jordânia e que os judeus podem ter acesso ao recinto, mas não podem orar ali.
A ampla esplanada abriga a Mesquita de Al Aqsa e o santuário do Domo da Rocha, e é considerada o terceiro lugar mais sagrado do islã, enquanto que é o primeiro para o judaísmo, que o denomina como Monte do Templo e em cujos pés fica o Muro das Lamentações.