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Israel leva adiante plano de assentamento apesar de críticas

Irritado com o reconhecimento do Estado palestino pela ONU na quinta-feira, o país anunciou que irá construir as novas moradias para colonos em terras perto de Jerusalém

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chega para uma entrevista coletiva na sede do governo em Praga, nesta quarta-feira (REUTERS / David W Cerny)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2012 às 13h33.

Jerusalém - Israel avançou nesta quarta-feira com os planos para construir cerca de 3.000 casas de colonos em uma das áreas mais sensíveis da Cisjordânia ocupada, desafiando as objeções internacionais.

Um funcionário do Ministério da Defesa disse que arquitetos e empreiteiros apareceram diante de uma subcomissão da Administração Civil, comandada por militares, na Cisjordânia e registraram seus planos para a construção no corredor E1 perto de Jerusalém, uma etapa preliminar antes de qualquer licença de construção ser emitida.

Irritado com o reconhecimento de fato de um Estado palestino pela Assembleia-Geral da ONU na quinta-feira, Israel anunciou no dia seguinte que iria construir as novas moradias para colonos em terras perto de Jerusalém, que os palestinos querem para um futuro Estado.

A decisão do governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de construir casas em E1 pela primeira vez causou alarme entre os palestinos e nas capitais do mundo.

A habitação israelense sobre as colinas áridas do corredor poderia bifurcar a Cisjordânia, barrar os palestinos de Jerusalém e enfraquecer as esperanças de um estado contíguo.

A subcomissão Conselho Superior de Planejamento, da Administração Civil, reuniu-se horas antes de Netanyahu visitar a Alemanha, onde ele enfrentará uma bronca da chanceler alemã, Angela Merkel, sobre o projeto de assentamento.


"Esta é uma fase processual preliminar, para depositar os planos", disse o funcionário da Defesa. "Cada passo futuro ainda vai exigir mais licenças." O ministro de Habitação de Israel explicou que o trabalho de construção em E1 não começará por pelo menos um ano.

Em Bruxelas, na terça-feira, os embaixadores da União Europeia responsáveis por questões de segurança, discutiram a possibilidade de que todos os Estados da UE escrevam a Israel para expressar seu descontentamento com os planos de expansão ou convoquem os enviados israelenses para consultas, como cinco países da UE já fizeram.

Nenhuma decisão formal foi tomada durante a reunião da UE e a questão será discutida na sexta-feira, disseram diplomatas europeus à Reuters.

Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, também pediram para o país reconsiderar o plano de assentamentos, dizendo que o movimento dificulta os esforços de paz com os palestinos.

Israel disse que não vai se curvar, citando a necessidade de defender seus "interesses vitais" mesmo diante da crítica internacional.

Negociações israelo-palestinianas sofreram colapso em 2010 em uma disputa sobre a construção de assentamentos.

Tais projetos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, que Israel capturou na guerra de 1967, são considerados ilegais pela maioria dos países. Israel cita laços históricos e bíblicos com as duas áreas, onde cerca de 500.000 israelenses e 2,5 milhões de palestinos vivem agora.

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Jerusalém - Israel avançou nesta quarta-feira com os planos para construir cerca de 3.000 casas de colonos em uma das áreas mais sensíveis da Cisjordânia ocupada, desafiando as objeções internacionais.

Um funcionário do Ministério da Defesa disse que arquitetos e empreiteiros apareceram diante de uma subcomissão da Administração Civil, comandada por militares, na Cisjordânia e registraram seus planos para a construção no corredor E1 perto de Jerusalém, uma etapa preliminar antes de qualquer licença de construção ser emitida.

Irritado com o reconhecimento de fato de um Estado palestino pela Assembleia-Geral da ONU na quinta-feira, Israel anunciou no dia seguinte que iria construir as novas moradias para colonos em terras perto de Jerusalém, que os palestinos querem para um futuro Estado.

A decisão do governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de construir casas em E1 pela primeira vez causou alarme entre os palestinos e nas capitais do mundo.

A habitação israelense sobre as colinas áridas do corredor poderia bifurcar a Cisjordânia, barrar os palestinos de Jerusalém e enfraquecer as esperanças de um estado contíguo.

A subcomissão Conselho Superior de Planejamento, da Administração Civil, reuniu-se horas antes de Netanyahu visitar a Alemanha, onde ele enfrentará uma bronca da chanceler alemã, Angela Merkel, sobre o projeto de assentamento.


"Esta é uma fase processual preliminar, para depositar os planos", disse o funcionário da Defesa. "Cada passo futuro ainda vai exigir mais licenças." O ministro de Habitação de Israel explicou que o trabalho de construção em E1 não começará por pelo menos um ano.

Em Bruxelas, na terça-feira, os embaixadores da União Europeia responsáveis por questões de segurança, discutiram a possibilidade de que todos os Estados da UE escrevam a Israel para expressar seu descontentamento com os planos de expansão ou convoquem os enviados israelenses para consultas, como cinco países da UE já fizeram.

Nenhuma decisão formal foi tomada durante a reunião da UE e a questão será discutida na sexta-feira, disseram diplomatas europeus à Reuters.

Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, também pediram para o país reconsiderar o plano de assentamentos, dizendo que o movimento dificulta os esforços de paz com os palestinos.

Israel disse que não vai se curvar, citando a necessidade de defender seus "interesses vitais" mesmo diante da crítica internacional.

Negociações israelo-palestinianas sofreram colapso em 2010 em uma disputa sobre a construção de assentamentos.

Tais projetos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, que Israel capturou na guerra de 1967, são considerados ilegais pela maioria dos países. Israel cita laços históricos e bíblicos com as duas áreas, onde cerca de 500.000 israelenses e 2,5 milhões de palestinos vivem agora.

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