Israel faz silêncio sobre Ahmadinejad durante Yom Kippur
Falando em Nova York, Ahmadinejad disse na segunda-feira que Israel não tinha raízes no Oriente Médio e que seria "eliminado"
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2012 às 15h44.
Jerusalém - Os líderes israelenses não fizeram comentários na terça-feira sobre a mais recente explosão do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, mantendo quase silêncio total à medida que o país fecha-se para o dia mais sagrado do ano judaico, o Yom Kippur.
O Dia da Expiação vai da tarde de terça-feira ao anoitecer da quarta-feira, o que significa que não houve comentários também sobre o discurso do presidente dos EUA, Barack Obama, na Organização das Nações Unidas.
Falando em Nova York, Ahmadinejad disse na segunda-feira que Israel não tinha raízes no Oriente Médio e que seria "eliminado".
O embaixador de Israel nas Nações Unidas condenou os comentários, mas ministros e autoridades de Israel ficaram em silêncio. Também houve pouca menção de suas palavras na imprensa israelense, que concentrou-se na política interna.
Assessores próximos do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, falando em particular, ignoraram as declarações de Ahmadinejad no passado, dizendo que ele não tem um papel político de tomada de decisões quando o assunto é o polêmico programa nuclear iraniano.
Em vez disso, eles examinaram as declarações do líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, que, segundo eles, é a pessoa responsável pela tomada de decisões cruciais.
Falando na segunda-feira em Jerusalém, o vice-primeiro-ministro israelense, Dan Meridor, disse que não tinha intenção de entrar em um bate-boca com autoridades iranianas, acrescentando que Israel estava acostumado a estar do outro lado, recebendo a retórica incendiária.
Israel ameaçou uma ação militar contra o Irã, a menos que o país renuncie a seu ambicioso programa nuclear, que o governo iraniano diz ser puramente para fins civis, mas que muitos países do Ocidente acreditam ser projetado para a criação de uma bomba atômica.
O líder israelense deve ir a Nova York quando o Yom Kippur terminar e vai discursar na Assembleia Geral da ONU na quinta-feira.
Como todos os anos, Israel fica paralisado com a aproximação do Yom Kippur. Rádio e televisão saem do ar, o aeroporto nacional é fechado e as ruas ficam vazias.