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Delegação de Israel chega ao Egito para continuar negociações sobre passagem de Rafah

Local é a única ligação da Faixa de Gaza que não atravessa Israel e foi usada para entrada de ajuda humanitária

Ronen Bar, chefe da agência de segurança doméstica de Israel, Shin Bet, participa de uma cerimônia que marca o Dia da Memória dos soldados mortos nas guerras de Israel e das vítimas dos ataques no cemitério militar do Monte Herzl, em Jerusalém, em 13 de maio de 2024 (GIL COHEN-MAGEN/Getty Images)

Ronen Bar, chefe da agência de segurança doméstica de Israel, Shin Bet, participa de uma cerimônia que marca o Dia da Memória dos soldados mortos nas guerras de Israel e das vítimas dos ataques no cemitério militar do Monte Herzl, em Jerusalém, em 13 de maio de 2024 (GIL COHEN-MAGEN/Getty Images)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 12 de julho de 2024 às 07h30.

Última atualização em 12 de julho de 2024 às 07h30.

Uma delegação israelense chegou nesta quinta-feira, 11, ao Cairo com o objetivo de continuar as negociações com o Egito para chegar a um acordo sobre a reabertura da passagem de Rafah, que liga o país árabe à Faixa de Gaza e está fechada desde maio do ano passado, quando Israel tomou o lado palestino do cruzamento, disse uma fonte dos serviços de segurança egípcios à Agência EFE.

A delegação de segurança discutirá no Cairo "os arranjos de segurança relacionados à passagem de Rafah, com o objetivo de reabri-la e torná-la operacional", de acordo com a fonte, que pediu anonimato.

A fonte ressaltou que essas conversas entre Israel e Egito "não estão relacionadas ao acordo de troca e às negociações de cessar-fogo", que estão sendo realizadas no Cairo e em Doha, mediadores do conflito juntamente com os Estados Unidos.

Segundo a pessoa informante, ambas as delegações discutirão "a possibilidade de reabrir a passagem de fronteira durante o mês de julho".

O chefe do Shin Bet, a agência de segurança nacional israelense, Ron Bar, lidera a equipe de negociação do Estado judeu na capital egípcia.

Um dos pontos críticos das negociações é o controle do corredor Filadélfia, a fronteira de 14 quilômetros entre a Faixa de Gaza e o Egito, que agora está nas mãos de Israel, que exige o fim do contrabando de armas por essa rota.

Uma fonte da inteligência egípcia disse à EFE na terça-feira que Israel está negociando com Egito e Estados Unidos a construção de uma barreira subterrânea ao longo da fronteira com Gaza para impedir o contrabando de armas.

Segundo a fonte, o Estado judeu "pretende entregar o controle civil da passagem de Rafah e do eixo Filadélfia ao Egito assim que um acordo abrangente sobre Gaza for alcançado".

O Egito garantiu que manterá a passagem fechada até que os israelenses se retirem e a administração da passagem seja entregue à Autoridade Nacional Palestina.

Essa é uma das linhas vermelhas do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nas negociações com a organização islâmica Hamas para um cessar-fogo.

Nesta quinta-feira, Netanyahu ordenou que a delegação israelense continue as conversas sobre um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza para, entre outras coisas, trocar reféns retidos pelo Hamas por prisioneiros palestinos nas prisões israelenses.

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