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"Israel é câncer que deve ser eliminado", diz Hezbollah em aniversário de ataque do Hamas

Grupo libanês intensificou os ataques contra israelenses neste último mês

O líder dos Houthis, Abdul-Malik al-Houthi, faz um discurso televisionado sobre a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em Sana'a, Iêmen, em 28 de setembro de 2024. O exército israelense alegou ter interceptado um míssil superfície-superfície lançado do Iêmen em direção ao centro de Israel depois que o grupo libanês Hezbollah confirmou que seu líder, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque militar israelense à sede central do grupo em Beirute em 27 de setembro de 2024 (EFE)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 7 de outubro de 2024 às 09h40.

O grupo xiita libanês Hezbollah lembrou nesta segunda-feira os ataques do Hamas em território israelense cometidos em 7 de outubro do ano passado, declarando que "Israel é um câncer que deve ser eliminado", que "não tem lugar nem na região" nem em seu "tecido social, cultural e humano".

Alvo de intensos ataques israelenses nas últimas semanas, o Hezbollah disse, em comunicado divulgado pela agência de notícias oficial libanesa "ANN", que considerou "heroica" a operação que o Hamas desencadeou em Israel há um ano, que deixou mais de 1.200 pessoas mortas, a maioria civis, e 251 sequestrados.

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De acordo com o Hezbollah, esse ataque foi "uma manifestação da vontade palestina de confrontar a agressão, a injustiça e a ocupação que pesa sobre seu povo desde 1948" e terá "efeitos históricos e estratégicos em toda a região até que a justiça seja alcançada e os palestinos obtenham seus direitos legítimos à sua terra".

O Hezbollah observou que, apesar da "brutalidade e agressão da ocupação, que resultou no martírio de dezenas de milhares de palestinos e na destruição brutal sem precedentes da Faixa de Gaza", a "entidade agressiva (Israel) mostrou que é frágil e que é incapaz de sobreviver e persistir sem o apoio dos Estados Unidos".

"Não há lugar para essa entidade sionista temporária (Israel) em nossa região, nem em nosso tecido social, cultural e humano. Ela foi e será uma glândula cancerígena mortal e agressiva que deve ser eliminada, não importa quanto tempo leve", insistiu o grupo xiita.

O grupo também acusou os EUA "e seus aliados e ferramentas" no mundo de serem parceiros "na agressão e nos crimes contra os povos palestino e libanês".

"Eles têm total responsabilidade pela carnificina, injustiça e tragédias humanas devastadoras", acrescenta a declaração.

O Hezbollah também saudou a "corajosa resistência" dos palestinos, que "merecem a vitória" após um ano de "paciência, resistência e heroísmo", apesar da "tragédia e da dor", bem como a "força e a coragem" dos houthis do Iêmen, das milícias do Iraque e do governo do Irã por seus ataques a Israel este ano em "apoio aos povos palestino e libanês".

Em relação à decisão do Hezbollah de bombardear Israel em apoio aos palestinos sob o cerco israelense em Gaza, que começou em 8 de outubro de 2023, o grupo explicou que a decisão foi tomada em defesa da "verdade, justiça e humanidade".

"Também é uma decisão em defesa do Líbano e de seu povo, pelos quais pagamos um preço muito alto e pesado em liderança, estrutura material e militar e no deslocamento de centenas de milhares de civis. Isso aconteceu enquanto o inimigo continua sua agressão além de qualquer limite", detalha a nota.

Os ataques do Hamas, há um ano, desencadearam uma invasão de retaliação israelense na Faixa de Gaza que resultou na morte de pelo menos 42.000 pessoas, a maioria civis, mulheres e menores de idade, e na completa devastação do território palestino.

Da mesma forma, o fogo cruzado entre Hezbollah e Israel, que também se desenvolveu ao longo do ano, intensificou-se nas últimas semanas com uma campanha de bombardeio israelense sem precedentes em décadas no Líbano. Cerca de 1,2 milhão de pessoas foram deslocadas no pequeno país mediterrâneo, mais de 2.000 foram mortas nos ataques e milhares de outras ficaram feridas.

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