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Israel defende cidadãos, diz Netanyahu sobre ataque aéreo

O primeiro-ministro de Israel afirmou que seu país fará tudo o que for necessário para defender seus cidadãos, após ataque aéreo no Líbano

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu: "fazemos tudo o que for necessário para defender aos cidadãos de Israel" (Jack Guez/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2014 às 14h09.

Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel , Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira que seu país fará "tudo o que for necessário para defender seus cidadãos", declaração feita após uma pergunta sobre um ataque aéreo ocorrido na noite de ontem no Líbano e que fontes sírias e libanesas atribuíram ao seu Exército.

"Nossa política neste assunto é clara. Fazemos tudo o que for necessário para defender aos cidadãos de Israel", disse Netanyahu durante uma entrevista coletiva com a chanceler alemã, Angela Merkel, de visita em Jerusalém.

Sua resposta pode ser interpretada como uma confirmação implícita da participação das forças armadas israelenses nesse ataque aéreo contra duas posições do grupo xiita libanês Hezbollah na cidade de Nabichit, no vale oriental do Bekaa, próximo à fronteira com Israel e Síria.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, por sua parte, assinalou que os aviões israelenses bombardearam um armazém de projéteis do Hezbollah, deixando aberta a pergunta se o mesmo tinha ocorrido em território libanês ou sírio.

Israel não costuma confirmar e nem desmentir este tipo de ataque, mas seus porta-vozes oficiais afirmaram repetidamente que o Exército não permitirá que certas armas estratégicas cheguem ao Hezbollah, seu mais acérrimo rival, com o qual combate de forma intermitente há duas décadas.

Entre essas armas se encontram mísseis de longo alcance que supostamente o Hezbollah poderia ter recebido de Damasco.


Eyal Ben Reuven, general reformado do Exército e ex-subcomandante da Região Militar Norte, disse hoje aos jornalistas que, apesar de não poder confirmar o que tinha ocorrido no Líbano, seu país vê nesses foguetes uma ameaça estratégica.

"O Hezbollah tem mais de 60 mil foguetes e mísseis de todos os tipos de alcances e versões, desde os mais simples até os que conseguem chegar a qualquer lugar de Israel", explicou o general reformado durante uma entrevista coletiva.

Segundo o ex-militar, o grupo libanês "trata todo o tempo de melhorar sua capacidade" com novos projéteis.

O ataque israelense ocorreu na zona fronteiriça de Al Qalamoun, entre os povoados de Nabichit e Yanta (cidade libanesa), onde o grupo xiita participa de operações militares para respaldar às tropas do regime sírio do presidente Bashar al Assad.

As posições afetadas eram utilizadas para o contrabando de armas e milicianos, segundo a imprensa libanesa, que assinala que uma densa coluna de fumaça pôde ser vista de longe a partir do lugar atacado.

Pouco antes do ataque, aviões israelenses sobrevoaram em baixa altura a região de Antilíbano, uma cadeia montanhosa contígua com a Síria e separada da cordilheira do Monte Líbano pelo Vale de Bekaa.

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Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel , Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira que seu país fará "tudo o que for necessário para defender seus cidadãos", declaração feita após uma pergunta sobre um ataque aéreo ocorrido na noite de ontem no Líbano e que fontes sírias e libanesas atribuíram ao seu Exército.

"Nossa política neste assunto é clara. Fazemos tudo o que for necessário para defender aos cidadãos de Israel", disse Netanyahu durante uma entrevista coletiva com a chanceler alemã, Angela Merkel, de visita em Jerusalém.

Sua resposta pode ser interpretada como uma confirmação implícita da participação das forças armadas israelenses nesse ataque aéreo contra duas posições do grupo xiita libanês Hezbollah na cidade de Nabichit, no vale oriental do Bekaa, próximo à fronteira com Israel e Síria.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, por sua parte, assinalou que os aviões israelenses bombardearam um armazém de projéteis do Hezbollah, deixando aberta a pergunta se o mesmo tinha ocorrido em território libanês ou sírio.

Israel não costuma confirmar e nem desmentir este tipo de ataque, mas seus porta-vozes oficiais afirmaram repetidamente que o Exército não permitirá que certas armas estratégicas cheguem ao Hezbollah, seu mais acérrimo rival, com o qual combate de forma intermitente há duas décadas.

Entre essas armas se encontram mísseis de longo alcance que supostamente o Hezbollah poderia ter recebido de Damasco.


Eyal Ben Reuven, general reformado do Exército e ex-subcomandante da Região Militar Norte, disse hoje aos jornalistas que, apesar de não poder confirmar o que tinha ocorrido no Líbano, seu país vê nesses foguetes uma ameaça estratégica.

"O Hezbollah tem mais de 60 mil foguetes e mísseis de todos os tipos de alcances e versões, desde os mais simples até os que conseguem chegar a qualquer lugar de Israel", explicou o general reformado durante uma entrevista coletiva.

Segundo o ex-militar, o grupo libanês "trata todo o tempo de melhorar sua capacidade" com novos projéteis.

O ataque israelense ocorreu na zona fronteiriça de Al Qalamoun, entre os povoados de Nabichit e Yanta (cidade libanesa), onde o grupo xiita participa de operações militares para respaldar às tropas do regime sírio do presidente Bashar al Assad.

As posições afetadas eram utilizadas para o contrabando de armas e milicianos, segundo a imprensa libanesa, que assinala que uma densa coluna de fumaça pôde ser vista de longe a partir do lugar atacado.

Pouco antes do ataque, aviões israelenses sobrevoaram em baixa altura a região de Antilíbano, uma cadeia montanhosa contígua com a Síria e separada da cordilheira do Monte Líbano pelo Vale de Bekaa.

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