Israel cria sistema para tentar impedir "lobos solitários"
Os recentes ataques na Europa e nos EUA levaram as autoridades a questionar sobre os motivos dos autores e o que deve ser feito para limitar os ataques
Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2016 às 14h07.
Autoridades israelenses , que enfrentam uma série de ataques isolados de palestinos , estão melhorando o processo de identificação destes "lobos solitários" antes de que eles ajam, um desafio que outros países ocidentais também precisam solucionar.
Os recentes ataques na Europa e nos Estados Unidos levaram as autoridades a se questionar sobre os motivos dos autores e sobre o que deve ser feito para limitar o impacto de seus ataques.
Autoridades israelenses criaram um método de alerta que une um sistema de vigilância nas redes sociais com as técnicas clássicas dos serviços de informação, o que pode permitir, segundo elas, evitar ou limitar certos ataques.
Muitos analistas apontam que estes ataques estão motivados pelas frustrações geradas por cerca de 50 anos de ocupação dos Territórios Palestinos, que os levam a lançar atos violentos.
Segundo as autoridades israelenses, desde 1º de outubro 218 palestinos morreram ao atacar israelenses com facas, pistolas e carros. Muitas vezes cometeram estes ataques sozinhos. Outros palestinos faleceram em confrontos com o exército israelense.
Estes incidentes provocaram a morte de 34 israelenses.
Sistema de alertas
"Depois que criamos três ou quatro tipos de perfis, vimos que a maioria dos atacantes se incluem neste tipo específico de perfis", explica um responsável militar israelense que pediu o anonimato.
O exército preparou um sistema de alertas baseado na análise de dados disponíveis sobre os atentados palestinos desde o início de outubro, levando-se em conta sua história pessoal, o local do ataque e suas atividades nos dias anteriores ao ato, afirma o responsável.
Segundo esta fonte militar, há várias estratégias em caso de detecção de um indivíduo potencialmente perigoso: vigiá-lo, entrar em contato com a família e detê-lo se houver incitação à violência.
É difícil estimar quantos ataques de "lobos solitários" foram evitados graças a este sistema, mas o responsável cita o caso de uma adolescente sob vigilância, presa em março.
Foi detida em posse de uma faca em um táxi quando se dirigia a um posto de controle do exército. O exército sabia que tinha problemas com seus pais e que tinha ideias de suicídio que poderiam levá-la a cometer um ataque contra os soldados para morrer como uma mártir.
A análise dos perfis dos criminosos demonstra que a maioria deles têm no máximo 24 anos e que são homens em 90% dos casos.
O suicídio foi a principal causa de seu ato em 40% dos ataques, entre outubro e janeiro, afirma o responsável militar.
Para alguns especialistas, este modelo, com a ajuda de algoritmos para filtrar as informações das mídias sociais, pode ser aplicado em outros países.
"Isso não pode, é claro, deter completamente a onda de terrorismo em Israel" ou na Europa, destaca Daniel Cohen, especialista em ciberterrorismo do Instituto Israelense para os Estudos de Segurança Nacional.
Outros especialistas advertem, no entanto, para o risco de confiar muito neste tipo de vigilância.
"As listas de pessoas para controlar e a vigilância produzem uma falsa impressão de segurança, fornecem informações depois do ato, mas nos dão muitos elementos para evitar (...) um ataque", estima o centro de especialistas The Soufan Group, com base nos Estados Unidos.
"A vigilância é extremamente difícil e cara em termos de tempo e pessoal", acrescenta.
Autoridades israelenses , que enfrentam uma série de ataques isolados de palestinos , estão melhorando o processo de identificação destes "lobos solitários" antes de que eles ajam, um desafio que outros países ocidentais também precisam solucionar.
Os recentes ataques na Europa e nos Estados Unidos levaram as autoridades a se questionar sobre os motivos dos autores e sobre o que deve ser feito para limitar o impacto de seus ataques.
Autoridades israelenses criaram um método de alerta que une um sistema de vigilância nas redes sociais com as técnicas clássicas dos serviços de informação, o que pode permitir, segundo elas, evitar ou limitar certos ataques.
Muitos analistas apontam que estes ataques estão motivados pelas frustrações geradas por cerca de 50 anos de ocupação dos Territórios Palestinos, que os levam a lançar atos violentos.
Segundo as autoridades israelenses, desde 1º de outubro 218 palestinos morreram ao atacar israelenses com facas, pistolas e carros. Muitas vezes cometeram estes ataques sozinhos. Outros palestinos faleceram em confrontos com o exército israelense.
Estes incidentes provocaram a morte de 34 israelenses.
Sistema de alertas
"Depois que criamos três ou quatro tipos de perfis, vimos que a maioria dos atacantes se incluem neste tipo específico de perfis", explica um responsável militar israelense que pediu o anonimato.
O exército preparou um sistema de alertas baseado na análise de dados disponíveis sobre os atentados palestinos desde o início de outubro, levando-se em conta sua história pessoal, o local do ataque e suas atividades nos dias anteriores ao ato, afirma o responsável.
Segundo esta fonte militar, há várias estratégias em caso de detecção de um indivíduo potencialmente perigoso: vigiá-lo, entrar em contato com a família e detê-lo se houver incitação à violência.
É difícil estimar quantos ataques de "lobos solitários" foram evitados graças a este sistema, mas o responsável cita o caso de uma adolescente sob vigilância, presa em março.
Foi detida em posse de uma faca em um táxi quando se dirigia a um posto de controle do exército. O exército sabia que tinha problemas com seus pais e que tinha ideias de suicídio que poderiam levá-la a cometer um ataque contra os soldados para morrer como uma mártir.
A análise dos perfis dos criminosos demonstra que a maioria deles têm no máximo 24 anos e que são homens em 90% dos casos.
O suicídio foi a principal causa de seu ato em 40% dos ataques, entre outubro e janeiro, afirma o responsável militar.
Para alguns especialistas, este modelo, com a ajuda de algoritmos para filtrar as informações das mídias sociais, pode ser aplicado em outros países.
"Isso não pode, é claro, deter completamente a onda de terrorismo em Israel" ou na Europa, destaca Daniel Cohen, especialista em ciberterrorismo do Instituto Israelense para os Estudos de Segurança Nacional.
Outros especialistas advertem, no entanto, para o risco de confiar muito neste tipo de vigilância.
"As listas de pessoas para controlar e a vigilância produzem uma falsa impressão de segurança, fornecem informações depois do ato, mas nos dão muitos elementos para evitar (...) um ataque", estima o centro de especialistas The Soufan Group, com base nos Estados Unidos.
"A vigilância é extremamente difícil e cara em termos de tempo e pessoal", acrescenta.