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Israel corta eletricidade de 2 cidades palestinas por dívida

Corte aconteceu por volta das 14h local (9h, em Brasília) em cinco linhas de alta tensão que abastecem cidades de Jenin e Nablus, ambas no norte da Cisjordânia


	Jenin, na Cisjordânia: dívida palestina dura vários anos e é de cerca de US$ 489 milhões
 (flickr.com/photos/mk30/)

Jenin, na Cisjordânia: dívida palestina dura vários anos e é de cerca de US$ 489 milhões (flickr.com/photos/mk30/)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 19h17.

Jerusalém - A companhia nacional de eletricidade de Israel cortou nesta segunda-feira a provisão de duas cidades palestinas durante cerca de 45 minutos em sinal de advertência por uma dívida milionária contraída pela Autoridade Nacional Palestina (ANP).

O corte aconteceu por volta das 14h local (9h, em Brasília) em cinco linhas de alta tensão que abastecem as cidades de Jenin e Nablus, ambas no norte da Cisjordânia, assim como aldeias divisórias, informou a edição pela internet do jornal "Jerusalem Post".

"Há tempo viemos advertindo os devedores, os funcionários relevantes e os ministérios, sobre a necessidade de pagar imediatamente a dívida, mas até agora não há nenhuma solução", disse em comunicado a empresa israelense de eletricidade.

A dívida palestina desta firma já dura vários anos e ascende cerca de 1,9 bilhão de shekels (cerca de US$ 489 milhões).

A fatura energética da Autoridade Nacional Paleastina (ANP) chega a cerca de US$ 2 bilhões anuais, revelou hoje o vice-primeiro-ministro e ministro da Economia, Mohammed Mustafa, ao informar que seu governo decidiu explorar uma jazida de gás no litoral de Gaza para reduzir esta dependência.

Segundo Mustafa, esta fatura "esgota as finanças palestinas", sempre dependente de doações internacionais e de se Israel transfere o dinheiro de impostos e taxas de alfândegas que arrecada para ela.

Em janeiro, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu voltou a congelar estas transferências como medida de castigo ao pedido de adesão da Palestina ao Tribunal Penal Internacional, após fracassar uma iniciativa na ONU para pôr fim à ocupação da Cisjordânia e Jerusalém Oriental até 2017.

Esta decisão pôs contra as cordas o governo do primeiro-ministro da ANP, Rami Hamdala, que desde então não pode fazer frente ao pagamento dos salários do conjunto de funcionários.

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