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Israel cancela oficialmente cooperação com agência da ONU para os refugiados palestinos

Parlamento israelense aprovou na última semana uma lei que proíbe a UNRWA em Israel e nos territórios palestinos ocupados

das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) na Cidade de Gaza em 15 de fevereiro de 2024, em meio a batalhas em andamento entre Israel e o grupo militante Hamas. Israel enfrentou uma crescente reação internacional em 29 de outubro depois que seu parlamento aprovou um projeto de lei proibindo a principal agência de ajuda da ONU para a devastada Faixa de Gaza. Apesar das objeções dos Estados Unidos e dos avisos do Conselho de Segurança da ONU, os legisladores israelenses aprovaram esmagadoramente o projeto de lei proibindo a agência das Nações Unidas para refugiados palestinos, UNRWA, de trabalhar em Israel e Jerusalém Oriental anexada (AFP)

das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) na Cidade de Gaza em 15 de fevereiro de 2024, em meio a batalhas em andamento entre Israel e o grupo militante Hamas. Israel enfrentou uma crescente reação internacional em 29 de outubro depois que seu parlamento aprovou um projeto de lei proibindo a principal agência de ajuda da ONU para a devastada Faixa de Gaza. Apesar das objeções dos Estados Unidos e dos avisos do Conselho de Segurança da ONU, os legisladores israelenses aprovaram esmagadoramente o projeto de lei proibindo a agência das Nações Unidas para refugiados palestinos, UNRWA, de trabalhar em Israel e Jerusalém Oriental anexada (AFP)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 4 de novembro de 2024 às 09h39.

Última atualização em 4 de novembro de 2024 às 10h06.

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O governo de Israel notificou a ONU oficialmente nesta segunda-feira, 4, sobre o fim de sua cooperação com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), que agora teme um "colapso" da ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

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Apesar dos duros golpes que recebeu por parte de Israel, o Hezbollah prossegue com os lançamentos de foguetes contra o norte do território israelense e anunciou que disparou "uma grande salva de foguetes" nesta segunda-feira contra a cidade de Safed.

A guerra na Faixa de Gaza foi provocada pelo ataque sem precedentes do Hamas em território israelense em 7 de outubro de 2023. Um dia depois, em apoio ao Hamas, o Hezbollah abriu uma frente contra Israel, que desde o mês de setembro virou uma guerra aberta.

O Parlamento israelense proibiu na semana passada com duas leis as atividades da UNRWA em Israel e nos territórios palestinos ocupados. Nesta segunda-feira o Ministério das Relações Exteriores notificou oficialmente a ONU sobre "o cancelamento do acordo", segundo um comunicado.

A UNRWA foi criada em 1950 pela ONU e presta serviços sociais a milhões de refugiados palestinos nos territórios ocupados e em vários países árabes, muitos deles descendentes dos milhares de deslocados provocados pela criação do Estado de Israel.

O acordo da agência com Israel data de 1967, quando começou a ocupação israelense dos territórios palestinos da Cisjordânia e Gaza, assim como de Jerusalém Oriental.
Israel acusa "funcionários da organização de terem participado do massacre de 7 de outubro", segundo o comunicado do Ministério.

"A ONU recebeu inúmeras evidências de que agentes do Hamas são funcionários da UNRWA e que suas instalações estão sendo utilizadas com fins terroristas", acrescenta a nota.

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Temor de "colapso" da ajuda aos palestinos

"Caso a lei seja implementada, corre o risco de provocar o colapso da operação humanitária internacional em Gaza, da qual a UNRWA é a coluna vertebral", alertou Jonathan Fowler, porta-voz da agência.

Mas o ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, rejeita o argumento. "A grande maioria da ajuda humanitária em Gaza chega por outras organizações e apenas 13% desta ajuda procede da UNRWA", disse.

"Para nós, a UNRWA ou nada", disse Shafic Ahmad Jad no campo de refugiados de Nur Chams, norte da Cisjordânia, onde os habitantes temem por seu futuro desde que o escritório da agência sofreu graves danos durante um bombardeio israelense.

Israel prometeu destruir o Hamas após o ataque de 7 de outubro, que provocou as mortes de 1.206 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses, que incluem os reféns mortos em cativeiro.

Das 251 pessoas sequestradas, 97 permanecem retidas em Gaza, das quais 34 foram declaradas mortas pelo Exército.

Em represália, o Exército israelense iniciou uma ofensiva em Gaza que deixou mais de 43.300 mortos, a maioria civis, segundo os dados do Ministério da Saúde do Hamas.

Israel mantém os bombardeios sem trégua na Faixa de Gaza há mais de um ano, onde vivem quase 2,4 milhões de pessoas, a maioria em condições consideradas "desastrosas" pela ONU.

"A cada hora, há massacres, pessoas deslocadas e pessoas famintas, não temos água e nenhuma ajuda está sendo entregue", lamenta Sumaya Al-Zaanine, 40 anos, que foi deslocada diversas vezes em Gaza.

Na fronteira norte, o Exército israelense bombardeou novamente nesta segunda-feira o sul do Líbano, onde iniciou uma ofensiva terrestre em 30 de setembro.
Em 23 de setembro, Israel intensificou os ataques contra o Hezbollah com o objetivo de permitir o retorno dos 60.000 habitantes do norte de Israel deslocados pelo lançamento dos foguetes.
Pelo menos 1.940 pessoas morreram desde 23 de setembro no Líbano, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais.

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