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Israel bombardeia acampamento de refugiados na Cisjordânia

Local vive maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-05), e até agora, em 2024, cerca de 422 palestinos foram mortos

Pessoas inspecionam os danos após um ataque israelense em Tulkarem, no norte da Cisjordânia ocupada, em 26 de outubro de 2024 (Jaafar ASHTIYEH/AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 31 de outubro de 2024 às 09h05.

Última atualização em 31 de outubro de 2024 às 10h31.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram nesta quinta-feira, 31, um ataque com um drone contra o acampamento de refugiados de Nur Shams, no leste da cidade de Tulkarem, na Cisjordânia, em resposta ao fogo inimigo no meio de uma operação terrestre israelense em que três pessoas morreram até agora, segundo a agência de notícias palestina "Wafa".

“As forças de segurança estão trabalhando em uma operação antiterrorista em Nur Shams”, afirmaram as forças israelenses em um comunicado, e “durante a operação um avião atacou do ar um esquadrão de milicianos armados que dispararam contra nossas forças”.

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As vítimas em Nur Shams são Ahmed Essam Fahmawi, 18, e Abdul Aziz Abu Sman, 22, que morreram devido aos ferimentos causados ​​pela explosão do drone israelense.

À noite, no vizinho acampamento de refugiados de Tulkarem, as forças especiais do Exército mataram Hussam Bassam Yousef Malah, 30 anos, com disparos "à queima-roupa" enquanto ele estava em um supermercado, segundo "Wafa".

Malah, segundo um comunicado militar, “era um importante membro da milícia da rede Hamas na área, envolvido no planejamento de ataques terroristas em um prazo imediato”.

A organização islâmica Hamas, por seu lado, lamentou em um comunicado a morte de Malah, confirmando sua militância como comandante das brigadas Al Qasam, seu braço armado.

"Wafa" observou que um “grande número” de veículos das forças israelenses acompanhados por três escavadoras entraram na cidade de Tulkarem, na Cisjordânia ocupada, e procederam à imposição de “um cerco apertado” ao campo de refugiados de Nur Shams.

Desde então até agora, a área tem sido envolvida por violentos confrontos entre as milícias palestinas de Tulkarem (um dos seus principais redutos na Cisjordânia, com uma presença especial da Jihad Islâmica Palestina) e as tropas israelenses.

A Cisjordânia ocupada vive seu maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-05), e até agora, em 2024, cerca de 422 palestinos foram mortos no território por fogo israelense, a maioria deles milicianos de acampamentos de refugiados, mas também civis, incluindo ao menos 69 menores de idade, segundo contagem da Agência EFE.

Do lado israelense, 39 pessoas morreram este ano: 16 militares e 23 civis, nove deles colonos. A maioria em ataques perpetrados por palestinos, mas ao menos quatro militares foram mortos durante ataques militares na Cisjordânia.

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