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Israel ataca 25 alvos na Faixa de Gaza após disparos de foguetes

As Forças Armadas de Israel registraram mais de 45 disparos de projéteis, incluindo foguetes, contra o território de Israel durante a noite vindos de Gaza

Este é o segundo episódio de troca de foguetes e bombas entre Israel e Gaza em três semanas (Suhaib Salem/Reuters)

Este é o segundo episódio de troca de foguetes e bombas entre Israel e Gaza em três semanas (Suhaib Salem/Reuters)

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AFP

Publicado em 20 de junho de 2018 às 15h16.

Israel atacou nesta quarta-feira 25 alvos do Hamas na Faixa de Gaza, em represália ao disparo de projéteis a partir do enclave palestino, em um contexto de grande tensão na região.

As Forças Armadas Israelenses informaram ter registrado mais de 45 disparos de projéteis, incluindo foguetes, contra o território de Israel durante a noite a partir da Faixa de Gaza.

"A organização terrorista Hamas atacou civis israelenses durante a noite submetendo-os a um forte ataque com foguetes, o que conduz a Faixa de Gaza e sua população civil por uma pendente cada vez mais nefasta", advertiu o Exército hebreu.

Não foram registradas vítimas israelenses. Em contrapartida, os ataques aéreos de Israel feriram cinco palestinos, segundo fontes médicas de Gaza;

O enclave palestino, situado entre Israel, Egito e o Mediterrâneo, é palco de fortes tensões há semanas.

Grande parte dos 200.000 habitantes israelenses que vivem perto da fronteira com a Faixa de Gaza passaram a noite em refúgios.

Kobi Ivri, que vive em kibutz, relatou à AFP que precisou sair correndo com sua família às 5h20 para um abrigo.

"É uma rotina de tensão", indicou.

O sistema israelense antiaéreo interceptou sete disparos palestinos, enquanto outros atingiram o território.

Trata-se do segundo episódio do tipo em três semanas. No final de maio, o braço armado do Hamas e da Jihad Islâmica, outra força islamita palestina, reivindicaram os disparos de foguetes, justificando ser uma resposta aos ataques israelenses dos últimos dias.

"A equação é simples: será bombardeio por bombardeio. Não permitiremos que o inimigo perpetre impunimente esses atos de agressão contra o nosso povo e contra a Resistência", indica um comunicado do Hamas.

Vários atores internacionais se preocupam com a violência e a degradação da situação humanitária e econômica na Faixa de Gaza e alertam para o risco de uma nova guerra.

Israel e Hamas, o movimento islâmico palestino que dirige a Faixa de Gaza, travaram três guerras desde 2008, e observam desde o último conflito, em 2014, uma trégua geralmente interrompida por atos hostis.

As tensões se agravaram com o início, em 30 de março, de uma mobilização na Faixa de Gaza contra o bloqueio sofrido pelo enclave e em defesa do direito de retorno dos palestinos às terras de onde foram expulsos quando Israel foi criado em 1948.

Israel justifica o bloqueio imposto há mais de dez anos pela necessidade de conter o Hamas.

Essa mobilização gerou manifestações ao longo da fronteira entre Gaza e Israel e confrontos entre palestinos e soldados israelenses, posicionados na cerca da fronteira que fecha o enclave.

Pelo menos 132 palestinos foram mortos por tiros israelenses desde 30 de março, a grande maioria em confrontos ao longo da fronteira.

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