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Israel ameaça palestinos com medidas unilaterais

Os nove meses inicialmente previstos para as negociações vencem no dia 29 de abril


	O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu
 (Debbie Hill/AFP)

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (Debbie Hill/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2014 às 10h10.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu neste domingo que Israel tomará medidas unilaterais contra os palestinos se eles seguirem adiante com seus pedidos de adesão a 15 convenções e tratados internacionais.

"Responderemos do nosso lado com medidas unilaterais a todas as medidas unilaterais que (os palestinos) tomarem", afirmou Netanyahu na abertura do conselho de ministros semanal.

A iniciativa palestina, lançada em reação à rejeição de Israel de libertar um último contingente de presos prevista no âmbito da retomada das negociações, "só afastará mais um acordo de paz", afirmou.

As declarações foram feitas pouco antes de uma reunião prevista entre os negociadores israelenses e palestinos e o emissário americano Martin Indyk para tentar salvar as negociações de paz, retomadas em julho sob os auspícios dos Estados Unidos.

O secretário americano de Estado, John Kerry, que não poupou esforços para tentar avançar estas negociações, declarou na sexta-feira que havia "limites no tempo e nos esforços" que Washington podia dedicar a este assunto, depois de ter tentado convencer as duas partes a superarem suas divergências.

Mas o presidente palestino, Mahmud Abbas, rejeitou os apelos de Kerry a renunciar aos seus pedidos de adesão aos tratados internacionais, possibilitados pelo acesso palestino ao status de Estado observador na ONU no fim de 2012.

Já Netanyahu ignorou os pedidos de calma, solicitando que seus serviços proponham uma série de medidas punitivas contra os palestinos.

"Os palestinos têm muito a perder com um passo unilateral. Só conseguirão um Estado mediante negociações diretas (com Israel), e não com declarações vazias ou decisões unilaterais", ressaltou Netanyahu.

"Estamos dispostos a prosseguir com as negociações, mas não a qualquer preço", acrescentou.

Os nove meses inicialmente previstos para as negociações vencem no dia 29 de abril.

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