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Israel admite ter destruído um reator nuclear sírio em 2007

Segundo autoridades, a destruição eliminou uma ameaça nuclear contra o Estado de Israel e contra toda a região

Reator: combinação de imagens, divulgadas nesta quarta-feira, com o possível ataque de Israel a um reator sírio, em 2007 (IDF/Reuters)

Reator: combinação de imagens, divulgadas nesta quarta-feira, com o possível ataque de Israel a um reator sírio, em 2007 (IDF/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de março de 2018 às 06h34.

Jerusalém - O Exército de Israel admitiu nesta quarta-feira, pela primeira vez, que bombardeou e destruiu um reator nuclear em construção em Deir Zor, no nordeste da Síria, no ano de 2007, segundo informações de fontes militares.

"Em setembro de 2007, caças da Força Aérea israelense destruíram um reator nuclear que se estava construindo na Síria, na chamada operação 'Out of the Box', que seguiu uma longa e complexa inteligência e esforços operacionais, eliminando uma ameaça nuclear contra o Estado de Israel e contra toda a região", disse um comunicado do Exército.

A nota é muito incomum, já que Israel geralmente não costuma reconhecer os ataques na Síria que lhes são atribuídos, exceto se eles estiverem em clara autodefesa, em reação a um ataque do outro lado da fronteira, ou contra comboios de armas dirigidas da Síria para a milícia xiita libanesa Hezbollah.

O ataque aconteceu na noite entre os dias 5 e 6 de setembro e um reator foi destruído que, segundo a nota, estava em "estado avançado de construção na região de Deir Zor, a 450 quilômetros de Damasco".

O projeto foi detectado em 2004, através da inteligência de várias forças de segurança, que não são mencionadas.

"Assim que o primeiro-ministro deu ao Exército a responsabilidade de destruir o reator nuclear na Síria, ficou claro para mim que tínhamos que preparar as frentes de inteligência, operacional e tecnológico para eliminar a ameaça nuclear contra o Estado de Israel e a região ao mesmo tempo que dar os passos necessários para impedir uma escalada para a guerra", explicou o então o antigo chefe do Estado Maior, tenente-general Gabi Ashkenazi

Agora, o atual chefe do Estado Maior, tenente-general Gadi Eizenkot, destacou que a mensagem que deve ser retirada da operação é que seu país "não permitirá o estabelecimento de capacidades que ameacem a existência de Israel. Essa foi a nossa mensagem em 2007, essa continua sendo a nossa mensagem hoje e continuará sendo a nossa mensagem no futuro próximo e distante".

O jornal israelita "Haaretz" aponta que foi "uma das operações mais bem-sucedidas do exército israelense", que esteve sob uma ordem de censura militar há uma década, e oferece vários detalhes da destruição da usina atômica denominada "O Cubo", ordenada pelo então primeiro-ministro Ehud Olmert.

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