Islamitas do Al-Nahda vencem oficialmente eleições na Tunísia
Foram conquistadas 90 das 217 cadeiras (41,6%) em disputa nas eleições para a Assembleia Nacional Constituinte do domingo passado
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2011 às 20h15.
Túnis, Tunísia - Os islamitas do Movimento Al-Nahda conquistaram 90 das 217 cadeiras (41,6%) em disputa nas eleições para a Assembleia Nacional Constituinte do domingo passado, segundo resultados preliminares anunciados pela Instância Superior Independiente para as Eleições (ISIE) na noite desta quinta-feira em entrevista coletiva.
O centrista Conselho Pela República (CPR) ficou em segundo lugar com 30 cadeiras (13,82%) e os social-democratas do Fórum Democrático pelo Trabalho e Liberdade (Atakatol, FDTL) obtiveram 21 cadeiras (10%).
A grande surpresa são as 19 cadeiras do Pedido Popular (ou Al Aridha) que passou despercebido nas pesquisas e chegou a superar a Al-Nahda em número de votos em Sidi Bouzid, cidade onde começou a chamada "Primavera Árabe".
O Al Aridha foi criado pelo empresário tunisiano Hamdi Hechmi em sua residência de Londres de onde emite seu canal internacional de televisão "Al Mustakila" ("A Independente"), considerado um aliado do antigo regime.
Estes resultados preliminares também confirmam a queda dos partidos de esquerda, que apostaram pelo laicismo e centraram sua campanha eleitoral em atacar de forma frontal os islamitas do Al-Nahda.
Além disso, o Partido Democrático Progressista (PDP) obteve 17 cadeiras (7,4%) para ficar no quinto posto, apesar de as pesquisas o situarem como segunda força política por ter liderado a oposição radical nos anos da ditadura do presidente Zín el Abidine Ben Ali.
Além disso, a coalizão do Polo Democrático Modernista (PDM), liderada pelos ex-comunistas do Movimento Al Taydid, conquistou cinco cadeiras na Assembleia.
Os partidos políticos formados por simpatizantes do antigo regime de Ben Ali, Al Mubádara e Afak, também alcançaram cinco cadeiras cada um.
O ISIE pôs à disposição dos participantes das eleições um e-mail para que possam enviar suas reivindicações pelos resultados declarados. Os resultados totais e definitivos serão proclamados depois de finalizada a fase de reivindicações.
A secretária-geral da Federação Internacional dos Direitos Humanos, Jadiya Charif, considerou em declarações à Agência Efe que estas eleições "são um triunfo do processo democrático e os resultados correspondem à realidade do país após a revolução, ainda que os tunisianos tenham que trabalhar para encontrar um equilíbrio".
A Assembleia Nacional Constituinte tem como objetivo redigir uma nova Carta Magna no período de um ano e seu primeiro passo será escolher um novo governo transitório.
O vencedor das primeiras eleições livres do país e da "Primavera Árabe", Al-Nahda, iniciou na terça-feira passada contatos e conversas para formar um governo de união nacional com personalidades dos diferentes partidos da Assembleia.
O partido anunciou também que seu secretário-geral, Hamadi Jabali, é seu candidato para o posto de primeiro-ministro do novo governo.
Túnis, Tunísia - Os islamitas do Movimento Al-Nahda conquistaram 90 das 217 cadeiras (41,6%) em disputa nas eleições para a Assembleia Nacional Constituinte do domingo passado, segundo resultados preliminares anunciados pela Instância Superior Independiente para as Eleições (ISIE) na noite desta quinta-feira em entrevista coletiva.
O centrista Conselho Pela República (CPR) ficou em segundo lugar com 30 cadeiras (13,82%) e os social-democratas do Fórum Democrático pelo Trabalho e Liberdade (Atakatol, FDTL) obtiveram 21 cadeiras (10%).
A grande surpresa são as 19 cadeiras do Pedido Popular (ou Al Aridha) que passou despercebido nas pesquisas e chegou a superar a Al-Nahda em número de votos em Sidi Bouzid, cidade onde começou a chamada "Primavera Árabe".
O Al Aridha foi criado pelo empresário tunisiano Hamdi Hechmi em sua residência de Londres de onde emite seu canal internacional de televisão "Al Mustakila" ("A Independente"), considerado um aliado do antigo regime.
Estes resultados preliminares também confirmam a queda dos partidos de esquerda, que apostaram pelo laicismo e centraram sua campanha eleitoral em atacar de forma frontal os islamitas do Al-Nahda.
Além disso, o Partido Democrático Progressista (PDP) obteve 17 cadeiras (7,4%) para ficar no quinto posto, apesar de as pesquisas o situarem como segunda força política por ter liderado a oposição radical nos anos da ditadura do presidente Zín el Abidine Ben Ali.
Além disso, a coalizão do Polo Democrático Modernista (PDM), liderada pelos ex-comunistas do Movimento Al Taydid, conquistou cinco cadeiras na Assembleia.
Os partidos políticos formados por simpatizantes do antigo regime de Ben Ali, Al Mubádara e Afak, também alcançaram cinco cadeiras cada um.
O ISIE pôs à disposição dos participantes das eleições um e-mail para que possam enviar suas reivindicações pelos resultados declarados. Os resultados totais e definitivos serão proclamados depois de finalizada a fase de reivindicações.
A secretária-geral da Federação Internacional dos Direitos Humanos, Jadiya Charif, considerou em declarações à Agência Efe que estas eleições "são um triunfo do processo democrático e os resultados correspondem à realidade do país após a revolução, ainda que os tunisianos tenham que trabalhar para encontrar um equilíbrio".
A Assembleia Nacional Constituinte tem como objetivo redigir uma nova Carta Magna no período de um ano e seu primeiro passo será escolher um novo governo transitório.
O vencedor das primeiras eleições livres do país e da "Primavera Árabe", Al-Nahda, iniciou na terça-feira passada contatos e conversas para formar um governo de união nacional com personalidades dos diferentes partidos da Assembleia.
O partido anunciou também que seu secretário-geral, Hamadi Jabali, é seu candidato para o posto de primeiro-ministro do novo governo.