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Islamita de Bangladesh é condenado por crimes de guerra

Líder espiritual do maior partido islamita do país foi declarado culpado por crimes de guerra durante independência em 1971

Líder islamita Ghulam Azam em Daca, em 2012: acusação comparou Azam a Adolf Hitler pelo papel de "guia" nos massacres durante a violenta guerra de independência (Munir Uz Zaman/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2013 às 10h32.

Daca - O líder espiritual do maior partido islamita de Bangladesh foi declarado culpado nesta segunda-feira de crimes de guerra durante a luta pela independência do país contra o Paquistão em 1971.

Ghulam Azam, de 90 anos, e na época líder do partido Jamaat-e-Islami, foi acusado pelo Tribunal Internacional de Crimes (TIC) de Bangladesh de ter apoiado o exército paquistanês para criar as milícias suspeitas pelas mortes de três milhões de pessoas.

"Azam foi condenado a 90 anos de prisão, ou seja, até sua morte", afirmou à AFP o promotor Sultan Mahmud.

Ele foi condenado, entre outros crimes, por assassinato e tortura.

A acusação comparou Azam a Adolf Hitler pelo papel de "guia" nos massacres durante a violenta guerra de independência, que terminou com a criação do Estado de Bangladesh, até então uma província do Paquistão.

Azam foi apresentado como o "cérebro" do assassinato de intelectuais. Muitos deles foram encontrados poucos dias depois do fim da guerra em um pântano nas proximidades de Daca, com os olhos vendados e as mãos amarradas.

O advogado de Azam, Tajul Islam, alega que as acusações contra seu cliente se basearam em informações da imprensa que citam discursos pronunciados durante a guerra.

"A acusação falhou completamente em apresentar a mínima prova que fundamente as acusações", disse.

O polêmico Tribunal Internacional de Crimes foi criado em março de 2010 pelo governo, que considera os julgamentos necessários para cicatrizar as feridas da guerra de independência.

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"Azam foi condenado a 90 anos de prisão, ou seja, até sua morte", afirmou à AFP o promotor Sultan Mahmud.

Ele foi condenado, entre outros crimes, por assassinato e tortura.

A acusação comparou Azam a Adolf Hitler pelo papel de "guia" nos massacres durante a violenta guerra de independência, que terminou com a criação do Estado de Bangladesh, até então uma província do Paquistão.

Azam foi apresentado como o "cérebro" do assassinato de intelectuais. Muitos deles foram encontrados poucos dias depois do fim da guerra em um pântano nas proximidades de Daca, com os olhos vendados e as mãos amarradas.

O advogado de Azam, Tajul Islam, alega que as acusações contra seu cliente se basearam em informações da imprensa que citam discursos pronunciados durante a guerra.

"A acusação falhou completamente em apresentar a mínima prova que fundamente as acusações", disse.

O polêmico Tribunal Internacional de Crimes foi criado em março de 2010 pelo governo, que considera os julgamentos necessários para cicatrizar as feridas da guerra de independência.

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