Mundo

Irmãos Muçulmanos propõem chefe de Tribunal como presidente

Na opinião do grupo opositor, Farouk Sultan, que preside o Tribunal Constitucional Supremo, lideraria um governo de transição

Protestos contra Mubarak no Egito: Irmandade Muçulmana lançou a 1ª proposta concreta (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Protestos contra Mubarak no Egito: Irmandade Muçulmana lançou a 1ª proposta concreta (Peter Macdiarmid/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2011 às 11h22.

Cairo - Os Irmãos Muçulmanos propuseram nesta terça-feira o nome do presidente do Tribunal Constitucional Supremo, Farouk Sultan, como substituto de Hosni Mubarak, a quem consideram um presidente "ilegítimo", relatou à Agência Efe Mahmoud Gazali, dirigente da principal força opositora egípcia.

"O regime perdeu sua legitimidade e então, segundo a Constituição, o presidente do Parlamento (Fathi Surur) deve assumir a Presidência do país, mas como Surur também não é válido, caso o Parlamento seja dissolvido, é o chefe do Tribunal Constitucional Supremo quem deveria ser presidente", explicou.

Segundo o dirigente do grupo islâmico, que não é legalizado, após a nomeação de Sultan como presidente seria formado um Governo de união nacional com membros aceitos pelo povo.

Depois deste passo, seriam organizadas eleições parlamentares transparentes e a Constituição seria reformada. Em seguida, seriam convocadas eleições presidenciais.

Trata-se da primeira proposta concreta lançada pelos Irmãos Muçulmanos após terem recusado o diálogo com Mubarak, o vice-presidente, Omar Suleiman, e o Governo.

Nesta segunda-feira, Mubarak encarregou Suleiman de abrir um diálogo com as forças políticas egípcias para estudar possíveis reformas da Constituição.

Os Irmãos Muçulmanos, assim como outros grupos opositores, insistiram que continuarão as manifestações até que Mubarak deixe o poder.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoEleiçõesPolítica

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua