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Irmandade Muçulmana pede diálogo mais efetivo com regime egípcio

"Queremos soluções em dias e não em meses", afirmou o porta-voz da organização

Protesto oposicionista no Egito: Irmandade Muçulmana não reconhece atual diálogo (John Moore/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2012 às 13h59.

Cairo - A Irmandade Muçulmana do Egito qualificou nesta quarta-feira como "monólogo" o diálogo iniciado com o regime de Hosni Mubarak junto com outros grupos políticos, e pediu resultados mais rápidos.

"Rejeitamos o monólogo e o que queremos é um diálogo. Queremos soluções em dias e não em meses", afirmou o porta-voz da organização islâmica, Mohammed Mursi, em entrevista coletiva.

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O grupo, no entanto, assegurou que não abandonará as negociações abertas no domingo passado com representantes do Governo liderados pelo vice-presidente Omar Suleiman.

A Irmandade Muçulmana, o principal grupo da oposição no Egito, apoia os protestos populares que explodiram no dia 25 de janeiro e que pedem a renúncia de Mubarak como passo prévio a qualquer discussão.

Várias organizações que respaldam esta revolta popular se recusaram a participar do diálogo conduzido por Suleiman, uma postura que é defendida inclusive pela juventude da Irmandade Muçulmana.

A direção do grupo islâmico declarou que o diálogo atual "não é sério", acrescentou que não há uma nova data para a segunda rodada e explicou que precisava de mais tempo para analisar a situação.

Os representantes da Irmandade Muçulmana reiteraram ainda comentários prévios nos quais disseram que não apresentarão um candidato para as eleições presidenciais previstas para setembro.

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