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Irene chega às zonas litorâneas dos EUA e milhões se preparam para o pior

Obama recomendou aos americanos para elaborarem um plano, para terem à mão postos de emergência e se familiarizem com as rotas de evacuação

Furacão Irene já causa ressaca nas praias da Flórida (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2011 às 13h24.

Washington - O furacão "Irene" já começou a castigar nesta sexta-feira com chuvas e ressacas a costa atlântica dos Estados Unidos, com ventos de até 168 km/h e ameaça de blecautes que atingirão pelo menos 65 milhões de pessoas em seu percurso, enquanto o Governo insiste em sua mensagem de precaução e planejamento.

Embora "Irene" tenha perdido a força nas últimas horas e baixado para categoria 2, o Governo e o próprio presidente Barack Obama advertiram nesta sexta-feira que o ciclone pode causar grandes danos em seu percurso ao longo das zonas litorâneas do leste do país. Sendo assim, as autoridades pediram para que as pessoas tomem as devidas medidas de precaução.

"Não esperem nem se demorem... se receberem instruções para evacuar, por favor, façam isso", disse Obama em uma das breves declarações pronunciadas na ilha de Martha's Vineyard, em Massachusetts, pouco antes de anunciar que antecipou para hoje seu retorno a Washington, até então previsto para sábado. Já sua família, voltará para capital amanhã de manhã, acrescentou a Casa Branca.

Ao assinalar que tudo leva a crer que este será um furacão "histórico", Obama recomendou aos americanos para elaborarem um plano, para terem à mão postos de emergência e se familiarizem com as rotas de evacuação em suas respectivas regiões.

Embora os furacões sejam recorrentes nos estados do Golfo do México, a costa leste, onde se concentram algumas cidades, aeroportos e redes de transporte mais importantes do país, está muito menos acostumada - e preparada - para este tipo de fenômeno.

Durante uma entrevista coletiva, o administrador da Agência Federal para a Gestão de Emergências, Craig Fugate, uniu-se às súplicas para que as pessoas respeitem os procedimentos para estes casos e abandonem as zonas que se encontram no caminho do furacão porque, caso contrário, "todos os preparativos e planificações (de emergência) serão em vão".


Fugate advertiu sobre possíveis blecautes "que podem se prolongar por dias, talvez até uma semana ou mais, além de muitas chuvas, inundações e ventos fortes".

As autoridades emitiram alertas para boa parte do litoral atlântico, desde as Carolinas até Massachusetts, porque "Irene", que quando passou pelo Caribe deixou seis mortos, pode ocasionar perdas de bilhões de dólares nos principais centros urbanos da região.

As refinarias em Delaware, Nova Jersey, Pensilvânia e Virgínia processam em seu conjunto cerca de 8% do combustível nos EUA, e qualquer paralisação forçada por causa de "Irene" pode disparar os preços do petróleo, segundo analistas.

A julgar pelas imagens de televisão, milhares de americanos se preparam diante da possibilidade de ficar sem luz, água e alimentos nos próximos dias.

"Fui ao supermercado para comprar uma lanterna e não havia mais. As prateleiras estavam vazias e as caixas estavam cheias de garrafas de água, leite, entre outros produtos, como se viesse o fim do mundo", disse à Agência Efe Margarita García Ripa, vizinha da cidade de Fairfax (Virgínia).

"Acho que estão exagerando, pois ainda não se sabe a gravidade disso. Tudo bem se preparar, mas também não é para tanto", acrescentou.

Robyn Thiemann, uma vizinha de Falls Church (Virgínia), descreveu um cenário de caos em um armazém de bricolagem, quando foi comprar um gerador.

"Sentei-me sobre o gerador até conseguir levá-lo ao caixa, e três pessoas tentaram comprá-lo mesmo comigo em cima, literalmente", disse.

Em declarações à cadeia televisiva "CBS", a governadora da Carolina do Norte, Beverly Perdue, disse que as patrulhas estaduais, a Cruz Vermelha e a Guarda Nacional já estão preparadas para qualquer ocorrência.

A região Outer Banks, no leste desse estado, registrou ondas de entre 1,83 e 2,7 metros de altura, e milhares de pessoas já estão sem luz enquanto o ciclone se aproxima das costas.

Segundo o Centro Nacional de Furacões, "Irene" se aproximará de Outer Banks da Carolina do Norte na manhã deste sábado e continuará seu perigoso percurso rumo à Nova York no próximo domingo.

De fato, as autoridades nova-iorquinas ordenaram a evacuação de hospitais e asilos de idosos nas zonas baixas da cidade e cancelaram todos os serviços de transporte público para amanhã.

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Embora "Irene" tenha perdido a força nas últimas horas e baixado para categoria 2, o Governo e o próprio presidente Barack Obama advertiram nesta sexta-feira que o ciclone pode causar grandes danos em seu percurso ao longo das zonas litorâneas do leste do país. Sendo assim, as autoridades pediram para que as pessoas tomem as devidas medidas de precaução.

"Não esperem nem se demorem... se receberem instruções para evacuar, por favor, façam isso", disse Obama em uma das breves declarações pronunciadas na ilha de Martha's Vineyard, em Massachusetts, pouco antes de anunciar que antecipou para hoje seu retorno a Washington, até então previsto para sábado. Já sua família, voltará para capital amanhã de manhã, acrescentou a Casa Branca.

Ao assinalar que tudo leva a crer que este será um furacão "histórico", Obama recomendou aos americanos para elaborarem um plano, para terem à mão postos de emergência e se familiarizem com as rotas de evacuação em suas respectivas regiões.

Embora os furacões sejam recorrentes nos estados do Golfo do México, a costa leste, onde se concentram algumas cidades, aeroportos e redes de transporte mais importantes do país, está muito menos acostumada - e preparada - para este tipo de fenômeno.

Durante uma entrevista coletiva, o administrador da Agência Federal para a Gestão de Emergências, Craig Fugate, uniu-se às súplicas para que as pessoas respeitem os procedimentos para estes casos e abandonem as zonas que se encontram no caminho do furacão porque, caso contrário, "todos os preparativos e planificações (de emergência) serão em vão".


Fugate advertiu sobre possíveis blecautes "que podem se prolongar por dias, talvez até uma semana ou mais, além de muitas chuvas, inundações e ventos fortes".

As autoridades emitiram alertas para boa parte do litoral atlântico, desde as Carolinas até Massachusetts, porque "Irene", que quando passou pelo Caribe deixou seis mortos, pode ocasionar perdas de bilhões de dólares nos principais centros urbanos da região.

As refinarias em Delaware, Nova Jersey, Pensilvânia e Virgínia processam em seu conjunto cerca de 8% do combustível nos EUA, e qualquer paralisação forçada por causa de "Irene" pode disparar os preços do petróleo, segundo analistas.

A julgar pelas imagens de televisão, milhares de americanos se preparam diante da possibilidade de ficar sem luz, água e alimentos nos próximos dias.

"Fui ao supermercado para comprar uma lanterna e não havia mais. As prateleiras estavam vazias e as caixas estavam cheias de garrafas de água, leite, entre outros produtos, como se viesse o fim do mundo", disse à Agência Efe Margarita García Ripa, vizinha da cidade de Fairfax (Virgínia).

"Acho que estão exagerando, pois ainda não se sabe a gravidade disso. Tudo bem se preparar, mas também não é para tanto", acrescentou.

Robyn Thiemann, uma vizinha de Falls Church (Virgínia), descreveu um cenário de caos em um armazém de bricolagem, quando foi comprar um gerador.

"Sentei-me sobre o gerador até conseguir levá-lo ao caixa, e três pessoas tentaram comprá-lo mesmo comigo em cima, literalmente", disse.

Em declarações à cadeia televisiva "CBS", a governadora da Carolina do Norte, Beverly Perdue, disse que as patrulhas estaduais, a Cruz Vermelha e a Guarda Nacional já estão preparadas para qualquer ocorrência.

A região Outer Banks, no leste desse estado, registrou ondas de entre 1,83 e 2,7 metros de altura, e milhares de pessoas já estão sem luz enquanto o ciclone se aproxima das costas.

Segundo o Centro Nacional de Furacões, "Irene" se aproximará de Outer Banks da Carolina do Norte na manhã deste sábado e continuará seu perigoso percurso rumo à Nova York no próximo domingo.

De fato, as autoridades nova-iorquinas ordenaram a evacuação de hospitais e asilos de idosos nas zonas baixas da cidade e cancelaram todos os serviços de transporte público para amanhã.

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