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Irã segue cumprindo acordo nuclear, segundo AIEA

No relatório divulgado hoje, os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica, detalham que o Irã não acumula mais de 300 quilos de urânio enriquecido

Irã: além disso, o Irã diluiu mais de 11 quilos de urânio enriquecido, sempre com o objetivo de manter as reservas desse material abaixo dos 300 quilos (Mohammad Berno/AFP)
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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2016 às 10h28.

Viena - O Irã está cumprindo com o acordo estipulado no tratado multilateral sobre o seu controverso programa nuclear, que segue sob rigorosas medidas de verificação e limitado em seu alcance e desenvolvimento, informou nesta sexta-feira a agência atômica da ONU .

No relatório divulgado hoje em Viena, os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), detalham que o Irã não acumula mais de 300 quilos de urânio enriquecido, não instalou novas centrífugas para enriquecer esse material e também não avançou na construção de seu reator de água pesada.

Para assegurar que o Irã não possa fabricar armamento nuclear durante pelo menos 12 meses, o pacto internacional, assinado pela República Islâmica e seis grandes potências em julho do ano passado, prevê a limitação do programa atômico iraniano, tanto em seu alcance como em seu desenvolvimento durante períodos de entre 10 e 25 anos.

Em troca, as potências (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) se comprometeram a suspender suas sanções comerciais, diplomáticas e nucleares contra o Irã relacionadas com esta disputa, que durou mais de uma década, sempre à sombra de uma possível guerra.

O relatório enviado hoje aos países-membros do órgão é o segundo que a AIEA apresenta desde o dia 16 de janeiro, quando entrou em vigor o acordo, pactuado em Viena entre o Irã e seis grandes potências em julho de 2015.

Além disso, o Irã diluiu mais de 11 quilos de urânio enriquecido, sempre com o objetivo de manter as reservas desse material abaixo dos 300 quilos, como ficou estabelecido.

"Há muitas formas de aumentar a reserva (de urânio enriquecido) e a AIEA está estudando de perto", explicou um diplomata ligado ao órgão.

Por outro lado, os iranianos mantêm instaladas 5.060 centrífugas de gás do tipo IR-1, as mais antigas e lentas, diferente das mais de 19 mil que tinham em julho do ano passado.

Segundo os inspetores da AIEA, o Irã segue aplicando de forma provisória o chamado "Protocolo Adicional" do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), que permite inspeções sem aviso prévio.

Para esse fim, o Irã concedeu vistos de longo prazo (um ano) a diversos inspetores da AIEA, destacou o relatório da agência nuclear.

Em geral, a relação entre os inspetores da AIEA e os técnicos iranianos melhorou nos últimos meses, sobretudo após terem resolvido as questões sobre possíveis dimensões militares do programa nuclear iraniano, explicou o diplomata consultado.

Em todo caso, a fonte advertiu que "um fracasso não é uma opção para a AIEA".

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Viena - O Irã está cumprindo com o acordo estipulado no tratado multilateral sobre o seu controverso programa nuclear, que segue sob rigorosas medidas de verificação e limitado em seu alcance e desenvolvimento, informou nesta sexta-feira a agência atômica da ONU .

No relatório divulgado hoje em Viena, os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), detalham que o Irã não acumula mais de 300 quilos de urânio enriquecido, não instalou novas centrífugas para enriquecer esse material e também não avançou na construção de seu reator de água pesada.

Para assegurar que o Irã não possa fabricar armamento nuclear durante pelo menos 12 meses, o pacto internacional, assinado pela República Islâmica e seis grandes potências em julho do ano passado, prevê a limitação do programa atômico iraniano, tanto em seu alcance como em seu desenvolvimento durante períodos de entre 10 e 25 anos.

Em troca, as potências (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) se comprometeram a suspender suas sanções comerciais, diplomáticas e nucleares contra o Irã relacionadas com esta disputa, que durou mais de uma década, sempre à sombra de uma possível guerra.

O relatório enviado hoje aos países-membros do órgão é o segundo que a AIEA apresenta desde o dia 16 de janeiro, quando entrou em vigor o acordo, pactuado em Viena entre o Irã e seis grandes potências em julho de 2015.

Além disso, o Irã diluiu mais de 11 quilos de urânio enriquecido, sempre com o objetivo de manter as reservas desse material abaixo dos 300 quilos, como ficou estabelecido.

"Há muitas formas de aumentar a reserva (de urânio enriquecido) e a AIEA está estudando de perto", explicou um diplomata ligado ao órgão.

Por outro lado, os iranianos mantêm instaladas 5.060 centrífugas de gás do tipo IR-1, as mais antigas e lentas, diferente das mais de 19 mil que tinham em julho do ano passado.

Segundo os inspetores da AIEA, o Irã segue aplicando de forma provisória o chamado "Protocolo Adicional" do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), que permite inspeções sem aviso prévio.

Para esse fim, o Irã concedeu vistos de longo prazo (um ano) a diversos inspetores da AIEA, destacou o relatório da agência nuclear.

Em geral, a relação entre os inspetores da AIEA e os técnicos iranianos melhorou nos últimos meses, sobretudo após terem resolvido as questões sobre possíveis dimensões militares do programa nuclear iraniano, explicou o diplomata consultado.

Em todo caso, a fonte advertiu que "um fracasso não é uma opção para a AIEA".

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