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Irã registra 111 mortes por coronavírus e reduz medidas de isolamento

O Irã liberou no final de semana a reabertura de lojas e viagens entre cidades dentro das províncias

Coronavírus: Irã registra mais de 76 mil casos da doença (Thomson Reuters Foundation/Stefanie Glinski/Reuters)

Coronavírus: Irã registra mais de 76 mil casos da doença (Thomson Reuters Foundation/Stefanie Glinski/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de abril de 2020 às 11h09.

Última atualização em 13 de abril de 2020 às 18h38.

O número de mortes causadas pelo surto de coronavírus no Irã subiu para 4.585, sendo 111 de domingo para segunda-feira, disse uma autoridade do Ministério da Saúde nesta segunda-feira, acrescentando que a quantidade de pessoas infectadas chegou a 73.303 no país mais afetado do Oriente Médio.

No domingo, o governo suspendeu uma proibição de viagens entre cidades dentro das províncias iranianas, e as restrições de viagens entre as províncias terminarão em 20 de abril, noticiou a mídia estatal.

"Dos infetados com o vírus, 45.983 se recuperaram... houve 1.617 casos novos de pessoas infectadas nas últimas 24 horas", disse Alireza Vahabzadeh, um conselheiro do ministro da Saúde, no Twitter.

O porta-voz do Ministério da Saúde, Kianush Jahanpur, disse à televisão estatal que 3.877 dos infetados com o coronavírus estão em estado crítico.

A TV estatal mostrou ruas repletas de gente e ônibus e vagões de trens cheios em várias cidades, já que os chamados negócios de baixo risco – entre eles lojas e oficinas – reabriram no país a partir de sábado, com exceção da capital Teerã, onde retomarão as atividades a partir de 18 de abril.

Algumas autoridades e especialistas de saúde alertaram o governo para uma segunda onda de Covid-19 que disseram poder atingir Teerã com força. Alireza Zali, chefe da Força-Tarefa Anti-Coronavírus de Teerã, pediu às pessoas para que fiquem em casa.

Negócios e serviços vistos como de alto risco, como teatros, piscinas, saunas, salões de beleza, escolas, shopping centers e restaurantes, ainda não reabriram.

Os governantes clericais do Irã, que estão tendo dificuldade para conter a disseminação da doença, temem que as medidas para limitar as atividades públicas arruínem a economia, já abalada por sanções dos Estados Unidos.

"Temos que lutar contra o coronavírus e o vírus das sanções junto", disse o porta-voz do governo, Ali Rabiei, em uma coletiva de imprensa semanal televisionada.

Washington reativou sanções contra o Irã em 2018, quando o presidente norte-americano, Donald Trump, retirou seu país de um acordo nuclear firmado em 2015 com seis grandes potências.

As autoridades iranianas alegam que as sanções prejudicam seus esforços para combater a doença, mas os líderes da nação rejeitaram uma oferta de ajuda humanitária de Washington para conter o surto de coronavírus.

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