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Irã reage à pressão do Conselho de Segurança

Brasília - O governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, reagiu hoje (19) à decisão dos integrantes permanentes do Conselho de Segurança de intensificar a pressão em favor das sanções econômicas contra o país. O assessor sênior de Ahmadinejad, Mojtaba Samareh Hashemi, disse que esta posição, incluída no esboço de resolução definido ontem (18), não tem […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - O governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, reagiu hoje (19) à decisão dos integrantes permanentes do Conselho de Segurança de intensificar a pressão em favor das sanções econômicas contra o país. O assessor sênior de Ahmadinejad, Mojtaba Samareh Hashemi, disse que esta posição, incluída no esboço de resolução definido ontem (18), não tem "legitimidade".

Para o assessor, a expectativa é que o chamado G 5+1 - composto pelos permanentes das Nações Unidas: Estados Unidos, França, Inglaterra, China e Rússia, além da Alemanha – reconsidere a disposição de adotar as resoluções e avalize o acordo que determina a transferência de urânio levemente enriquecido para a Turquia.

As informações são da agência oficial iraniana de notícias, Irna. "A elaboração de uma resolução por parte das potências que têm poder de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o programa nuclear iraniano não tem legitimidade", disse Hashemi, referindo-se à disposição dos Estados Unidos, da França, da Inglaterra, da Rússia e da China em aprovar medidas punitivas ao Irã.

Hashemi ressaltou que o Irã é signatário (participa de forma atuante) do Tratado de Não Proliferação de Armas, portanto, isso comprova que a intenção do programa nuclear do país é para fins pacíficos. O assessor de Ahmadinejad disse ainda que o governo autoriza a fiscalização constante dos especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea).

"Há um monitoramento de todas as instalações nucleares iranianas como um relógio em conformidade com as salvaguardas referidas pela agência e o tratado [de não proliferação de armas]”, afirmou o assessor. "O Irã e a AIEA assinaram um plano de modalidade para remover as questões pendentes sobre o programa nuclear nacional e a agência verificou que não se fez qualquer desvio da finalidade civil."

Ontem (18) os integrantes permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas - Inglaterra, França, Estados Unidos, Rússia e China – sinalizaram que estão dispostos a endurecer na adoção de resoluções punitivas contra o Irã apesar do acordo firmado na presença do Brasil e da Turquia. Pelo acordo, o Irã se compromete a transferir o urânio levemente enriquecido para a Turquia. Em seguida, receberá o produto enriquecido a 20%.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que o Brasil vai reagir a esta disposição ao enviar um comunicado conjunto com o governo da Turquia para todos os membros do conselho. O objetivo é indicar que há razões para a comunidade internacional confiar no acordo firmado na última segunda-feira (17), em Teerã.

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