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Irã reafirma aos EUA que pacto nuclear não é "negociável"

O presidente americano, Donald Trump, anunciará em 12 de maio se Washington deixará ou não o acordo assinado em 2015

Irã: Macron e Rohani concordaram em "trabalhar para preservar o conteúdo do acordo" (STR/Reuters)
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EFE

Publicado em 29 de abril de 2018 às 17h53.

Teerã - O presidente do Irã , Hassan Rohani, advertiu neste domingo os Estados Unidos de que o pacto nuclear não é "negociável" e afirmou que seu país não aceitará nenhuma restrição além dos seus compromissos firmados nesse acordo.

Em uma longa conversa por telefone com o presidente da França, Emmanuel Macron, Rohani ressaltou que "o JCPOA (sigla em inglês do acordo nuclear) e qualquer outro tema sob esta desculpa não são de nenhuma maneira negociáveis" segundo um comunicado da Presidência iraniana.

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"Consideramos uma variedade de respostas para qualquer decisão que os EUA tomarem em 12 de maio", diz a nota, sem entrar em mais detalhes.

O presidente americano, Donald Trump, anunciará em 12 de maio se Washington deixará ou não o JCPOA, assinado em 2015 entre o Irã e o Grupo 5+1 (EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha).

Rouhani advertiu que, mesmo que os EUA decidam permanecer no JCPOA, "enquanto continuarem com a forma como esteve funcionando nos últimos dois anos, não será aceitável" para o Irã.

Na sua opinião, a conduta atual de Washington implica "uma violação explícita" do pacto e cria uma incerteza e medo de sanções que dificulta os investimentos e os negócios das empresas estrangeiras no Irã.

Quanto à situação regional, Rohani se limitou a dizer que o Irã sempre demonstrou estar aberto a "negociar para garantir a estabilidade e segurança regional, em particular para combater o terrorismo ".

Após uma hora de conversa por telefone, Macron e Rohani concordaram em "trabalhar sobretudo nas próximas semanas para preservar o conteúdo do acordo de 2015 em todos os seus componentes", segundo a Presidência francesa.

Mas a França deseja que esse acordo seja ampliado a 2025. Além disso, quer que seja estendido a outros fatores, como o programa balístico iraniano e a seu envolvimento nas crises regionais.

Nesse sentido, Macron e Rohani também consideraram prioritário o diálogo sobre a situação no Iêmen e a Síria.

O acordo nuclear de 2015 limita o programa atômico de Teerã em troca da retirada das sanções internacionais, mas não inclui nenhuma restrição às armas convencionais do Irã ou a suas políticas no Oriente Médio.

Em Jerusalém, o novo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou hoje que se o presidente americano, Donald Trump, não conseguir que o "defeituoso" acordo nuclear com o Irã seja corrigido, Washington se retirará deste pacto.

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