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Irã pode superar sanções bárbaras do Ocidente, diz Khamenei

O guia iraniano acusou os países ocidentais de "mentir" quando propõem a suspensão das sanções em troca de garantias sobre o caráter pacífico do programa nuclear iraniano

Retrato do líder iraniano Aiatolá Ali Khamenei em Teerã: para ele, o Irã está na mira por sua "resistência" e "independência" diante das grandes potências (Atta Kenare/AFP)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2012 às 09h56.

Teerã - O Irã é capaz de superar as sanções econômicas "bárbaras" impostas pelos países ocidentais por seu polêmico programa nuclear, afirmou nesta quarta-feira o guia supremo iraniano o aiatolá Ali Khamenei.

"Estas sanções são bárbaras. Constituem uma guerra contra uma nação, mas o povo iraniano as fará fracassar", declarou o aiatolá Khamenei em um discurso transmitido pela televisão durante uma viagem ao norte do Irã.

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Além disso, guia iraniano acusou os países ocidentais de "mentir" quando propõem a suspensão das sanções em troca de garantias sobre o caráter pacífico do programa nuclear iraniano.

"As sanções contra o Irã não são de hoje, (os ocidentais) já as impusera (desde a revolução de 1979) e nunca deram resultado", completou.

"Os inimigos - o governo americano e alguns governos europeus - justificam agora as sanções com o tema nuclear, mas mentem", insistiu.

Para o aiatolá Khamenei, o Irã está na mira por sua "resistência" e "independência" diante das grandes potências.

Os países ocidentais adotaram progressivamente nos últimos dois anos um embargo econômico contra o Irã, que provocou uma queda das exportações e da produção petroleira, principal produto do país, a desvalorização da moeda pela falta de divisas, uma desaceleração da economia e aumento do desemprego.

As negociações entre o Irã e as grandes potências sobre a questão nuclear iraniana estão paralisadas há vários anos.

Teerã já foi objeto de várias sanções internacionais do Conselho de Segurança da ONU.

O Ocidente suspeita que o Irã tenta fabricar armas atômicas sob a fachada de um programa nuclear civil, o que Teerã nega.

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