Irã não vê obstáculos para "relações saudáveis" com EUA
Em suas declarações, Zarif insistiu que o Irã não mantém nenhum tipo de sanção contra as empresas americanas que queiram trabalhar no país
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2016 às 09h28.
Teerã - O ministro das Relações Exteriores do Irã , Mohamad Javad Zarif, afirmou nesta terça-feira que não vê "nenhum obstáculo" para que seu país possa ter "relações econômicas normais e saudáveis" com os EUA , apesar de não ser algo que a República Islâmica "esteja buscando".
O ministro se expressou assim em declarações recolhidas pela imprensa iraniana desde Nova York, para onde viajou para participar da cúpula do clima das Nações Unidas e para se reunir com o secretário de Estado americano, John Kerry.
Em suas declarações, Zarif insistiu que o Irã não mantém nenhum tipo de sanção contra as empresas americanas que queiram trabalhar no país, embora tenha rejeitado que esteja particularmente interessado nestas relações.
Pelo contrário, o ministro indicou que seu país assinou o Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA em inglês) e o acordo nuclear que pôs fim às sanções contra o Irã "em essência para evitar que os EUA sabotem suas relações econômicas com outros países".
Nesse sentido, Zarif apontou a necessidade dos EUA para que ponham em pleno funcionamento dito acordo, um tema que reconheceu que falará com Kerry ao longo do dia de hoje.
Desde a entrada em vigor do JCPOA, as autoridades iranianas se queixaram da falta de aplicação por parte do Ocidente de algumas das previsões do pacto, particularmente no restabelecimento das relações bancárias e a liberação dos bens iranianos retidos no exterior.
Além disso, apesar de depois do acordo alcançado no ano passado os EUA terem suspendido suas sanções ao programa nuclear iraniano, seguem sem permitir o acesso do Irã ao sistema financeiro americano e transações que utilizem o dólar.
O porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, reconheceu em comunicado que esse será um dos temas tratados pelos ministros.
Enquanto isso, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Paul Ryan, pediu ao governo de Washington que se comprometa "definitivamente" a não proporcionar esse tipo de acesso ao Irã a seu sistema financeiro.
No sábado passado, durante uma visita oficial ao Irã, a alta representante de Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, reconheceu que o bloco europeu está falando com os EUA para que eliminem os obstáculos e as pressões que ainda existem sobre o sistema financeiro para não cooperar com o Irã.
Mogherini indicou que a UE está encorajando os bancos europeus a trabalhar com o Irã, algo que considerou uma "prioridade".
Teerã - O ministro das Relações Exteriores do Irã , Mohamad Javad Zarif, afirmou nesta terça-feira que não vê "nenhum obstáculo" para que seu país possa ter "relações econômicas normais e saudáveis" com os EUA , apesar de não ser algo que a República Islâmica "esteja buscando".
O ministro se expressou assim em declarações recolhidas pela imprensa iraniana desde Nova York, para onde viajou para participar da cúpula do clima das Nações Unidas e para se reunir com o secretário de Estado americano, John Kerry.
Em suas declarações, Zarif insistiu que o Irã não mantém nenhum tipo de sanção contra as empresas americanas que queiram trabalhar no país, embora tenha rejeitado que esteja particularmente interessado nestas relações.
Pelo contrário, o ministro indicou que seu país assinou o Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA em inglês) e o acordo nuclear que pôs fim às sanções contra o Irã "em essência para evitar que os EUA sabotem suas relações econômicas com outros países".
Nesse sentido, Zarif apontou a necessidade dos EUA para que ponham em pleno funcionamento dito acordo, um tema que reconheceu que falará com Kerry ao longo do dia de hoje.
Desde a entrada em vigor do JCPOA, as autoridades iranianas se queixaram da falta de aplicação por parte do Ocidente de algumas das previsões do pacto, particularmente no restabelecimento das relações bancárias e a liberação dos bens iranianos retidos no exterior.
Além disso, apesar de depois do acordo alcançado no ano passado os EUA terem suspendido suas sanções ao programa nuclear iraniano, seguem sem permitir o acesso do Irã ao sistema financeiro americano e transações que utilizem o dólar.
O porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, reconheceu em comunicado que esse será um dos temas tratados pelos ministros.
Enquanto isso, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Paul Ryan, pediu ao governo de Washington que se comprometa "definitivamente" a não proporcionar esse tipo de acesso ao Irã a seu sistema financeiro.
No sábado passado, durante uma visita oficial ao Irã, a alta representante de Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, reconheceu que o bloco europeu está falando com os EUA para que eliminem os obstáculos e as pressões que ainda existem sobre o sistema financeiro para não cooperar com o Irã.
Mogherini indicou que a UE está encorajando os bancos europeus a trabalhar com o Irã, algo que considerou uma "prioridade".