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Irã fala em solução política sobre programa nuclear

Presidente do parlamento do Irã afirmou que "agora é possível" uma solução política em relação ao impasse sobre o programa nuclear do país

Ali Larijani, presidente do parlamento do Irã e habitual negociador nuclear: "agora, cada vez mais países advogam por uma solução política", disse (Denis Balibouse/REuters)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 11h17.

Genebra - O presidente do parlamento do Irã e habitual negociador nuclear do país, Ali Larijani, afirmou nesta quarta-feira em Genebra que "agora é possível" uma solução política, medida estipulada pela comunidade internacional, em relação ao impasse sobre o programa nuclear do país.

"Antes havia muitos países que defendiam sanções e ameaças contra meu país, mas, agora, cada vez mais países advogam por uma solução política ao assunto. É uma mudança importante na comunidade internacional", declarou Larijani em entrevista coletiva.

Estas declarações vêm à tona uma semana antes do início das conversas com o grupo 5+1, formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia) mais a Alemanha, a qual também será realizada em Genebra e buscará avanços na solução do conflito.

Segundo Larijani, o objetivo neste momento é "criar confiança" para que as conversas da próxima semana se produzam em uma "atmosfera propicia ao diálogo", embora não tenha especificado se o regime iraniano estaria disposto a fazer concessões em seu programa nuclear.

"Não se trata de uma tomada, como se isto fosse uma negociação comercial. É um assunto muito sério e acho que o que agora corresponde às duas partes é demonstrar confiança", ressaltou.


O presidente do parlamento iraniano avaliou as conversas da próxima semana em Genebra, as quais serão realizadas entre os dias 15 e 16 de outubro, como uma "nova oportunidade" que seu país está disposto a aproveitar para "se colocar de acordo com Ocidente" sobre os propósitos de seu programa nuclear.

Larijani lembrou que seu país já expressou "em muitas ocasiões" que não persegue a construção de uma bomba atômica - principal temor da comunidade internacional -, mas insistiu sobre o "direito" de realizar seu programa nuclear com fins pacíficos.

O político iraniano indicou que seu país se mostrou "a favor da transparência", ao permitir que a Organização Internacional contra as Armas Nucleares, sediada em Viena, instalasse câmaras de vigilância nas instalações de enriquecimento de urânio, que, segundo ele, "seguirão em funcionamento".

"O que não nos parece justo é que se tomem medidas internacionais sobre esta questão pensadas somente contra o Irã", completou Larijani.

Para o presidente do Parlamento do Irã, se todas as partes estivessem dispostas a avançar pela via da negociação política, "não deveria ser uma tarefa difícil alcançar uma resolução para este conflito".

Sobre as possibilidades de normalização das relações entre Irã e EUA, as quais se encontram paralisadas desde a revolução islâmica de 1979, Larijani assinalou que "EUA não deveriam sabotar as negociações".

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Genebra - O presidente do parlamento do Irã e habitual negociador nuclear do país, Ali Larijani, afirmou nesta quarta-feira em Genebra que "agora é possível" uma solução política, medida estipulada pela comunidade internacional, em relação ao impasse sobre o programa nuclear do país.

"Antes havia muitos países que defendiam sanções e ameaças contra meu país, mas, agora, cada vez mais países advogam por uma solução política ao assunto. É uma mudança importante na comunidade internacional", declarou Larijani em entrevista coletiva.

Estas declarações vêm à tona uma semana antes do início das conversas com o grupo 5+1, formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia) mais a Alemanha, a qual também será realizada em Genebra e buscará avanços na solução do conflito.

Segundo Larijani, o objetivo neste momento é "criar confiança" para que as conversas da próxima semana se produzam em uma "atmosfera propicia ao diálogo", embora não tenha especificado se o regime iraniano estaria disposto a fazer concessões em seu programa nuclear.

"Não se trata de uma tomada, como se isto fosse uma negociação comercial. É um assunto muito sério e acho que o que agora corresponde às duas partes é demonstrar confiança", ressaltou.


O presidente do parlamento iraniano avaliou as conversas da próxima semana em Genebra, as quais serão realizadas entre os dias 15 e 16 de outubro, como uma "nova oportunidade" que seu país está disposto a aproveitar para "se colocar de acordo com Ocidente" sobre os propósitos de seu programa nuclear.

Larijani lembrou que seu país já expressou "em muitas ocasiões" que não persegue a construção de uma bomba atômica - principal temor da comunidade internacional -, mas insistiu sobre o "direito" de realizar seu programa nuclear com fins pacíficos.

O político iraniano indicou que seu país se mostrou "a favor da transparência", ao permitir que a Organização Internacional contra as Armas Nucleares, sediada em Viena, instalasse câmaras de vigilância nas instalações de enriquecimento de urânio, que, segundo ele, "seguirão em funcionamento".

"O que não nos parece justo é que se tomem medidas internacionais sobre esta questão pensadas somente contra o Irã", completou Larijani.

Para o presidente do Parlamento do Irã, se todas as partes estivessem dispostas a avançar pela via da negociação política, "não deveria ser uma tarefa difícil alcançar uma resolução para este conflito".

Sobre as possibilidades de normalização das relações entre Irã e EUA, as quais se encontram paralisadas desde a revolução islâmica de 1979, Larijani assinalou que "EUA não deveriam sabotar as negociações".

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