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Irã exige que Hillary pare de se intrometer em seus assuntos

O governo criticou as declarações de Hillary à rede BBC, nas quais afirmou que "o Irã está se transformando lentamente em uma ditadura militar"

O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad: os EUA romperam suas relações diplomáticas com o Irã em 1980 (Atta Kenare/AFP)
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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2011 às 12h37.

Teerã - O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã , Ramin Mehmanparast, exigiu à secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que deixe de se intrometer nos assuntos internos do Irã, segundo informam nesta sexta-feira vários jornais locais.

Mehmanparast se referiu a algumas declarações de Hillary à rede BBC, nas quais, entre outras coisas, afirmou que "Irã está se transformando lentamente em uma ditadura militar".

Além disso, Hillary anunciou que, no final deste ano, os Estados Unidos irão disponibilizar "uma embaixada virtual em Teerã. Estarão no site as respostas de muitas perguntas que se fazem os iranianos" e acrescentou: "Vamos chegar ao povo iraniano assim como ao Governo".

A secretária de Estado também reiterou a acusação americana que membros da força especial Al Quds, do Corpo de Guardiães da Revolução do Irã, estavam por trás de um suposto complô terrorista desmantelado nos EUA contra a Embaixada israelense e para assassinar o embaixador saudita em Washington.

Mehmanparast disse que "a falta de informação de Hillary sobre o Irã não é nova", e ressaltou que a eventual embaixada virtual americana em Teerã " irá fracassar" e negou outra vez qualquer participação iraniana no suposto plano terrorista desmantelado nos EUA.

"Recomendamos a ela (Hillary) e a outros altos cargos dos EUA que, ao invés de acusar os outros, deixem de usar métodos repressivos e cuidem da ditadura americana, ao invés das contínuas ocupações e de uma política intervencionista em outros países", acrescentou o porta-voz das Relações Exteriores iraniano.

Para ele, as autoridades dos EUA "fariam melhor se atendessem as exigências de seu povo, especialmente dos jovens, que se manifestam no movimento de protesto de Wall Street (contra os abusos dos bancos e a crise)".

Washington, segundo Mehmanparast, deve atender as "exigências e aspirações do povo no 'despertar islâmico' e os levantes populares nos países árabes, que querem que os EUA parem de apoiar os governantes que dependem unicamente deles e acabem com a presença militar e a intromissão nos assuntos dos demais países".

Os EUA romperam suas relações diplomáticas com o Irã em 1980, um ano após a revolução islâmica e depois da ocupação por estudantes islâmicos, durante 444 dias, da embaixada americana em Teerã, onde, com o apoio do regime, foram feitos reféns 66 cidadãos americanos.

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Teerã - O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã , Ramin Mehmanparast, exigiu à secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que deixe de se intrometer nos assuntos internos do Irã, segundo informam nesta sexta-feira vários jornais locais.

Mehmanparast se referiu a algumas declarações de Hillary à rede BBC, nas quais, entre outras coisas, afirmou que "Irã está se transformando lentamente em uma ditadura militar".

Além disso, Hillary anunciou que, no final deste ano, os Estados Unidos irão disponibilizar "uma embaixada virtual em Teerã. Estarão no site as respostas de muitas perguntas que se fazem os iranianos" e acrescentou: "Vamos chegar ao povo iraniano assim como ao Governo".

A secretária de Estado também reiterou a acusação americana que membros da força especial Al Quds, do Corpo de Guardiães da Revolução do Irã, estavam por trás de um suposto complô terrorista desmantelado nos EUA contra a Embaixada israelense e para assassinar o embaixador saudita em Washington.

Mehmanparast disse que "a falta de informação de Hillary sobre o Irã não é nova", e ressaltou que a eventual embaixada virtual americana em Teerã " irá fracassar" e negou outra vez qualquer participação iraniana no suposto plano terrorista desmantelado nos EUA.

"Recomendamos a ela (Hillary) e a outros altos cargos dos EUA que, ao invés de acusar os outros, deixem de usar métodos repressivos e cuidem da ditadura americana, ao invés das contínuas ocupações e de uma política intervencionista em outros países", acrescentou o porta-voz das Relações Exteriores iraniano.

Para ele, as autoridades dos EUA "fariam melhor se atendessem as exigências de seu povo, especialmente dos jovens, que se manifestam no movimento de protesto de Wall Street (contra os abusos dos bancos e a crise)".

Washington, segundo Mehmanparast, deve atender as "exigências e aspirações do povo no 'despertar islâmico' e os levantes populares nos países árabes, que querem que os EUA parem de apoiar os governantes que dependem unicamente deles e acabem com a presença militar e a intromissão nos assuntos dos demais países".

Os EUA romperam suas relações diplomáticas com o Irã em 1980, um ano após a revolução islâmica e depois da ocupação por estudantes islâmicos, durante 444 dias, da embaixada americana em Teerã, onde, com o apoio do regime, foram feitos reféns 66 cidadãos americanos.

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