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Irã está aberto a negociar com EUA em troca da suspensão de sanções

O Irã também apresentou nesta terça (6) três novos tipos de mísseis com o objetivo de defender o país das "conspirações" dos EUA

Irã: Rohani tenta reverter as sanções aplicadas pelos EUA (Mikhail Svetlov/Getty Images)

Irã: Rohani tenta reverter as sanções aplicadas pelos EUA (Mikhail Svetlov/Getty Images)

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AFP

Publicado em 6 de agosto de 2019 às 10h47.

O presidente iraniano Hassan Rohani afirmou, nesta terça-feira, que está disposto a negociar com os Estados Unidos se Washington retirar as sanções contra seu país.

"A República Islâmica do Irã é favorável às negociações e, se os Estados Unidos desejam realmente conversar, antes de mais nada devem retirar todas as sanções", declarou Rohani.

O presidente afirmou que está disposto a negociar, apesar de Washington não integrar mais o acordo de 2015 sobre o programa nuclear de Teerã, que Washington abandonou em maio de 2018.

"Se querem ou não fazer parte do JCPOA (a sigla do acordo de 2015), eles devem decidir", afirmou Rohani no ministério das Relações Exteriores, onde se reuniu com o chefe da diplomacia, Mohammad Javad Zarif.

Zarif confirmou na segunda-feira que rejeitou uma reunião com o presidente americano Donald Trump, apesar da ameaça de sanções.

Em 31 de julho, Washington decidiu impor sanções ao ministro iraniano após sua recusa a visitar a Casa Branca, afirmaram fontes iranianas.

As relações entre Teerã e Washington pioraram desde a retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo sobre o programa nuclear iraniano, que foi seguida pela adoção de duras sanções americanas contra o Irã.

Novos mísseis

O Irã apresentou nesta terça-feira três novos tipos de mísseis teleguiados de precisão, que segundo o ministro da Defesa tem o objetivo de defender o país da "perfídia e das conspirações" dos Estados Unidos.

A presença dos mísseis é "um novo êxito importante em termos de poder e dignidade para a República Islâmica do Irã", afirmou o ministro da Defesa, general Amir Hatami, citado pela agência Fars.

"Isto prova que, apesar da perfídia e das conspirações do grande satã americano e seus mercenários, o ministério da Defesa não hesitará um só momento em defender a República Islâmica e reforçar a segurança", completou.

Os três tipos de mísseis - "Yasin", "Balaban" e "Ghaem" - foram desenvolvidos pelo ministério e pela Sa-Irã, uma empresa estatal do setor de defesa.

O míssil "Yasin" é teleguiado, com um alcance de 50 km e pode ser disparado a partir de aviões ou drones, segundo a agência. O "Balaban" é guiado por GPS e pode ser instalado em aviões. O "Ghaem" é guiado termicamente e tem uma precisão de 50 cm.

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