Exame Logo

Irã espera mais rapidez por parte da Europa sobre acordo nuclear

O presidente do Irã voltou a afirmar que o país cumpriu todos os compromissos do acordo nuclear e pediu que os países signatários permaneçam no acordo

Rohani: o presidente iraniano espera que a França permaneça no acordo nuclear de 2015 (Denis Balibouse/Reuters)
E

EFE

Publicado em 27 de agosto de 2018 às 10h50.

Última atualização em 27 de agosto de 2018 às 15h19.

Teerã - O presidente do Irã, Hassan Rohani , disse nesta segunda-feira ao seu colega francês, Emmanuel Macron , que os iranianos esperam dos países que permanecem no JCPOA (sigla em inglês do acordo nuclear multilateral de 2015, abandonado pelos EUA) que atuem com "mais rapidez e transparência".

Em uma conversa telefônica, Rohani ressaltou que "o Irã cumpriu com todos seus compromissos do acordo nuclear e, levando em conta a retirada unilateral dos EUA do acordo, espera que as outras partes (signatários) aumentem a rapidez e transparência para a preservação do JCPOA", informou em comunicado a Presidência iraniana.

Veja também

Rohani reconheceu que a retirada dos EUA do acordo nuclear em maio criou um "sobrepeso" para os outros signatários (França, Reino Unido, Rússia, China e Alemanha).

Mas advertiu que, embora o Irã queira preservar o acordo, se retirará dele se não forem preservados seus interesses

"O Irã quer preservar o pacto nuclear, mas ao mesmo tempo tomará outras medidas caso que não esteja claro o futuro do programa prático da Europa nas áreas de canais financeiros, monetários, de petróleo, seguros e transportes", ressaltou o moderado presidente iraniano.

Macron, segundo o comunicado, garantiu que a França fará o possível por preservar o pacto e que está "seguindo os diferentes mecanismos comerciais e financeiros".

Em maio, os EUA anunciaram a saída do acordo nuclear alcançado entre o Irã e as seis grandes potências mundiais e estabeleceram novas sanções contra o país, cujo primeiro rodízio já entrou em vigor neste mês enquanto o segundo, que inclui o setor energético, será implementado em novembro.

O pacto limita o programa atômico de Teerã a fins estritamente civis em troca da suspensão das sanções internacionais.

Acompanhe tudo sobre:Armas nuclearesEmmanuel MacronEuropaFrançaHassan RohaniIrã - País

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame