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Irã é contra "terroristas" no diálogo sobre a Síria

O diplomata iraniano se referia aos grupos Ahrar al-Sham e Jaish Al-Islã, incluídos a princípio na delegação opositora síria configurada em Riad


	Guerra na Síria: "Os terroristas não devem se sentar na mesa de negociaçõe sob uma nova máscara"
 (Omar Sanadiki / Reuters)

Guerra na Síria: "Os terroristas não devem se sentar na mesa de negociaçõe sob uma nova máscara" (Omar Sanadiki / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2016 às 08h06.

Moscou - O Irã é contra a participação dos representantes de grupos "terroristas", que segundo o país se passam pela oposição moderada, nas negociações sobre o futuro da Síria que começam na sexta-feira em Genebra, afirmou em Moscou o vice-ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir Abdollahian.

"Os terroristas não devem se sentar na mesa de negociaçõe sob uma nova máscara. Os terroristas não terão lugar no futuro político da Síria", disse Amir Abdollahian em entrevista coletiva.

O diplomata iraniano se referia aos grupos Ahrar al-Sham e Jaish Al-Islã, incluídos a princípio na delegação opositora síria configurada em Riad.

No entanto, faltando apenas um dia para o início das conversas, o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, não confirmou se convidou estes dois grupos para participar da primeira rodada das negociações de paz.

Sabe-se que os curdo-sírios do Partido da União Democrática (PYD) não foram convidados para Genebra pelas pressões do governo turco.

Ancara ameaçou boicotar as conversas se o PYD, formação que é tachada de terrorista, participava delas.

O PYD anunciou ontem através de Abd Salam Ali que os curdos-sírios não reconhecerão as decisões que saiam de Genebra-3.

A Arábia Saudita, denunciou hoje Amir Abdollahian, insiste em incluir "reconhecidos terroristas" na delegação da oposição síria.

Ao mesmo tempo, o diplomata iraniano garantiu que seu país se esforçará ao máximo para que os problemas entre Teerã e Riad, que quebraram recentemente relações diplomáticas, "não afetem negativamente as conversas sobre a Síria".

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