Irã deve se submeter a determinações da ONU, diz Ban
O Conselho de Segurança da ONU já emitiu até agora cinco resoluções relacionadas ao programa nuclear iraniano, entre as quais quatro incluem sanções contra este país
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2012 às 08h50.
Davos - O Irã tem a responsabilidade 'política e legal' de se submeter totalmente às resoluções do Conselho de Segurança e provar que seu programa nuclear é 'genuinamente para propósitos pacíficos', afirmou nesta sexta-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
O secretário-geral destacou que o regime iraniano não cumpriu nenhuma das duas coisas, apesar de ter a obrigação de fazê-lo por ser um Estado membro das Nações Unidas.
O Conselho de Segurança da ONU já emitiu até agora cinco resoluções relacionadas ao programa nuclear iraniano, entre as quais quatro incluem sanções contra este país por sua recusa em colaborar com a comunidade internacional, por meio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), na vigilância dessas atividades.
Para solucionar esta polêmica, o secretário-geral de ONU defendeu o diálogo. 'Não há alternativa para a solução desta crise além de um diálogo pacífico', insistiu Ban.
A comunidade internacional aprovou recentemente um embargo sobre o petróleo iraniano, o que aumentou as tensões nos mercados internacionais pelo temor de que esta situação provoque uma alta do preço do petróleo.
Ban, que está em Davos (Suíça) para participar do Fórum Econômico Mundial, também comentou a crise na Síria e confiou que o Conselho de Segurança da ONU atuará de maneira 'coerente' na busca por uma solução.
Nos próximos dias, a presidência da Liga Árabe informará o Conselho de Segurança sobre as observações da missão enviada à Síria e sua proposta para sair da crise, que em última instância prevê a saída de Bashar Al Assad do governo.
O regime sírio reprime há dez meses os protestos populares que começaram pedindo mais liberdades para os cidadãos e que, apesar do banho de sangue perpetrado pelas forças leais a Assad, se manteve firme.
A ONU indicou nesta semana que não está em condições de emitir uma estimativa realista sobre as mortes provocadas pela repressão, mas em seu último cálculo, realizado em dezembro, o número era cifrado em mais de 5 mil.
Apesar da gravidade da situação, até agora o Conselho de Segurança foi incapaz de emitir uma resolução sobre o caso da Síria, devido à recusa da Rússia e da China de condenar claramente o regime sírio.
Ban aproveitou sua breve declaração à imprensa em Davos para pedir apoio aos países nos quais movimentos populares conseguiram derrubar velhas ditaduras e que, em tese, estão agora em processo de transição rumo à democracia.
O chefe da ONU disse que essas revoluções pacíficas, conhecidas como Primavera Árabe, constituíram um episódio histórico comparável à democratização da Europa ocidental e dos países asiáticos.
'Este tipo de fatos só ocorre uma vez em cada geração', avaliou.
Davos - O Irã tem a responsabilidade 'política e legal' de se submeter totalmente às resoluções do Conselho de Segurança e provar que seu programa nuclear é 'genuinamente para propósitos pacíficos', afirmou nesta sexta-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
O secretário-geral destacou que o regime iraniano não cumpriu nenhuma das duas coisas, apesar de ter a obrigação de fazê-lo por ser um Estado membro das Nações Unidas.
O Conselho de Segurança da ONU já emitiu até agora cinco resoluções relacionadas ao programa nuclear iraniano, entre as quais quatro incluem sanções contra este país por sua recusa em colaborar com a comunidade internacional, por meio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), na vigilância dessas atividades.
Para solucionar esta polêmica, o secretário-geral de ONU defendeu o diálogo. 'Não há alternativa para a solução desta crise além de um diálogo pacífico', insistiu Ban.
A comunidade internacional aprovou recentemente um embargo sobre o petróleo iraniano, o que aumentou as tensões nos mercados internacionais pelo temor de que esta situação provoque uma alta do preço do petróleo.
Ban, que está em Davos (Suíça) para participar do Fórum Econômico Mundial, também comentou a crise na Síria e confiou que o Conselho de Segurança da ONU atuará de maneira 'coerente' na busca por uma solução.
Nos próximos dias, a presidência da Liga Árabe informará o Conselho de Segurança sobre as observações da missão enviada à Síria e sua proposta para sair da crise, que em última instância prevê a saída de Bashar Al Assad do governo.
O regime sírio reprime há dez meses os protestos populares que começaram pedindo mais liberdades para os cidadãos e que, apesar do banho de sangue perpetrado pelas forças leais a Assad, se manteve firme.
A ONU indicou nesta semana que não está em condições de emitir uma estimativa realista sobre as mortes provocadas pela repressão, mas em seu último cálculo, realizado em dezembro, o número era cifrado em mais de 5 mil.
Apesar da gravidade da situação, até agora o Conselho de Segurança foi incapaz de emitir uma resolução sobre o caso da Síria, devido à recusa da Rússia e da China de condenar claramente o regime sírio.
Ban aproveitou sua breve declaração à imprensa em Davos para pedir apoio aos países nos quais movimentos populares conseguiram derrubar velhas ditaduras e que, em tese, estão agora em processo de transição rumo à democracia.
O chefe da ONU disse que essas revoluções pacíficas, conhecidas como Primavera Árabe, constituíram um episódio histórico comparável à democratização da Europa ocidental e dos países asiáticos.
'Este tipo de fatos só ocorre uma vez em cada geração', avaliou.