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Irã critica "padrões duplos" da UE após prolongamento de sanções

O Conselho da UE decidiu ontem estender até 2018 suas medidas restritivas contra 82 pessoas e uma empresa do Irã

Mohammad Javad Zarif: medidas tem relação com as "graves violações" dos direitos humanos (Lucas Jackson/Reuters)

Mohammad Javad Zarif: medidas tem relação com as "graves violações" dos direitos humanos (Lucas Jackson/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de abril de 2017 às 14h20.

Última atualização em 11 de janeiro de 2018 às 15h53.

Teerã - O Ministério das Relações Exteriores do Irã criticou nesta quarta-feira os "padrões duplos" da União Europeia (UE) sobre direitos humanos, após a decisão de prolongar por um ano as sanções contra 82 pessoas e uma empresa do país.

"A República Islâmica de Irã condena energicamente o uso instrumental de questões de direitos humanos como a extensão unilateral e ilegal das sanções", ressaltou o Ministério em um comunicado, no qual qualificou a medida de "fracasso".

A UE "fechou os olhos para a realidade em matéria de direitos humanos no governo democrático e religioso do Irã", acrescenta.

As autoridades indicaram que vão "manter e melhorar o status dos direitos humanos de seus cidadãos, com base nos princípios islâmicos e na Constituição do país".

O Conselho da UE decidiu ontem estender até 13 de abril de 2018 suas medidas restritivas contra 82 pessoas e uma empresa iranianas em relação às "graves violações" dos direitos humanos.

Estas sanções consistem na proibição de viajar à UE e o congelamento de ativos em território comunitário de tais pessoas e dessa instituição e contemplam um veto às exportações ao Irã de equipamentos que possam ser utilizados para a "repressão interna".

A UE impôs estas restrições em 2011 e desde então sempre as ampliou, embora as outras sanções econômicas e diplomáticas tenham sido revogadas com a entrada em vigor em janeiro de 2016 do acordo nuclear assinado pelo Irã e seis grandes potências.

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