Irã considera possível acordo nuclear definitivo para julho
O presidente do Irã afirmou que considera possível obter um acordo definitivo sobre seu programa nuclear antes de 20 de julho
Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2014 às 14h18.
Xangai - O presidente do Irã , Hassan Rohani , afirmou nesta quinta-feira, depois de se reunir em Xangai com seu colega chinês Xi Jinping, que considera possível obter um acordo definitivo sobre seu programa nuclear com o grupo 5+1 (membros permanentes do conselho de segurança da ONU mais a Alemanha) antes de 20 de julho.
"Os sinais e as indicações que recebemos nos últimos dias nos dizem que é muito possível que possamos contar com um acordo para o fim de julho", afirmou em entrevista coletiva Rohani, que participou ontem da quarta cúpula da Conferência para as Medidas de Interação e Construção da Confiança na Ásia (Cica).
No entanto, avaliou: "Não temos nenhuma pressa, nem em nossas negociações nem em conseguir o acordo final, mas ao mesmo tempo acreditamos que o acordo vai beneficiar ambas as partes".
"Desde o início dissemos que o acordo vai ser uma solução em que todas as partes ganharão, e se houver um atraso em conseguir isso, as duas partes estarão perdendo, portanto, se for possível conseguir um acordo antes, então será bom para os dois", reiterou.
O relaxamento das sanções internacionais contra o Irã e a situação atual do país "permitem tomar as negociações para um acordo definitivo e durável com o tempo suficiente", explicou.
"A República Islâmica do Irã está em muito melhor forma, em comparação com o ano passado", declarou.
E, para comprovar isso, destacou que "todos os números estão indicando e mostrando que a inflação está caindo, e que não temos déficit fiscal, portanto economicamente estamos em muito melhor forma do que em anos anteriores".
Além disso, disse que "socialmente estamos em uma forma muitíssimo melhor: o povo agora está muito animado e é muito otimista sobre o futuro, portanto estamos em uma situação muito melhor, e não temos nenhuma pressa".
Rohani disse que, no final de julho, se houver boa vontade e não se dá a "certos países que há em segredo e que querem criar problemas" a oportunidade de sabotar as conversas, "temos bastante tempo para o sucesso definitivo".
Em qualquer caso, "digamos que não contamos com um acordo para essa data limite" de 20 de julho para as conversas de Viena, esclareceu Rohani.
Se for necessário, acrescentou, "podemos estender esse acordo provisório por outros seis meses (de leve suspensão das sanções da comunidade internacional, como o concedido ao Irã na primeira metade de 2014), e continuar envolvidos nas negociações para conseguir um acordo exaustivo" após uma década de divergências.
Sobre as sanções impostas ao Irã, Rohani julgou que, "infelizmente, o Ocidente escolheu o método errado desde o início, e este caminho não vai nos levar ao destino que quer".
"É necessário que (o Ocidente) confie em nós, e que saiba que, de todos os caminhos que podem ser seguidos, o pior é o da intimidação e da imposição de sanções".
Mesmo assim, "se não alcançamos o sucesso, isso quererá dizer que a outra parte é muito teimosa, porque meu governo está preparado para ser lógico e para cooperar com o resto do mundo", acrescentou.
Rohani descartou que o atual afastamento entre Washington e Moscou vá se refletir-se nas negociações, e louvou o pacto de Genebra de novembro passado, que obrigava a Teerã a frear as partes mais polêmicas de seu programa atômico em troca de uma leve e temporária suspensão de algumas sanções.
Pelo acordo, as partes se comprometiam a assinar um texto final em seis meses.
O presidente iraniano disse também que seu país está cumprindo todo o combinado, e que a solução definitiva para um problema de tantos anos "leva tempo".
Rohani se reuniu ontem também em Xangai com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que lhe transmitiu sua esperança de que as próximas negociações entre Irã e o Grupo 5+1 "resolvam as preocupações internacionais pendentes sobre o programa nuclear iraniano".
Xangai - O presidente do Irã , Hassan Rohani , afirmou nesta quinta-feira, depois de se reunir em Xangai com seu colega chinês Xi Jinping, que considera possível obter um acordo definitivo sobre seu programa nuclear com o grupo 5+1 (membros permanentes do conselho de segurança da ONU mais a Alemanha) antes de 20 de julho.
"Os sinais e as indicações que recebemos nos últimos dias nos dizem que é muito possível que possamos contar com um acordo para o fim de julho", afirmou em entrevista coletiva Rohani, que participou ontem da quarta cúpula da Conferência para as Medidas de Interação e Construção da Confiança na Ásia (Cica).
No entanto, avaliou: "Não temos nenhuma pressa, nem em nossas negociações nem em conseguir o acordo final, mas ao mesmo tempo acreditamos que o acordo vai beneficiar ambas as partes".
"Desde o início dissemos que o acordo vai ser uma solução em que todas as partes ganharão, e se houver um atraso em conseguir isso, as duas partes estarão perdendo, portanto, se for possível conseguir um acordo antes, então será bom para os dois", reiterou.
O relaxamento das sanções internacionais contra o Irã e a situação atual do país "permitem tomar as negociações para um acordo definitivo e durável com o tempo suficiente", explicou.
"A República Islâmica do Irã está em muito melhor forma, em comparação com o ano passado", declarou.
E, para comprovar isso, destacou que "todos os números estão indicando e mostrando que a inflação está caindo, e que não temos déficit fiscal, portanto economicamente estamos em muito melhor forma do que em anos anteriores".
Além disso, disse que "socialmente estamos em uma forma muitíssimo melhor: o povo agora está muito animado e é muito otimista sobre o futuro, portanto estamos em uma situação muito melhor, e não temos nenhuma pressa".
Rohani disse que, no final de julho, se houver boa vontade e não se dá a "certos países que há em segredo e que querem criar problemas" a oportunidade de sabotar as conversas, "temos bastante tempo para o sucesso definitivo".
Em qualquer caso, "digamos que não contamos com um acordo para essa data limite" de 20 de julho para as conversas de Viena, esclareceu Rohani.
Se for necessário, acrescentou, "podemos estender esse acordo provisório por outros seis meses (de leve suspensão das sanções da comunidade internacional, como o concedido ao Irã na primeira metade de 2014), e continuar envolvidos nas negociações para conseguir um acordo exaustivo" após uma década de divergências.
Sobre as sanções impostas ao Irã, Rohani julgou que, "infelizmente, o Ocidente escolheu o método errado desde o início, e este caminho não vai nos levar ao destino que quer".
"É necessário que (o Ocidente) confie em nós, e que saiba que, de todos os caminhos que podem ser seguidos, o pior é o da intimidação e da imposição de sanções".
Mesmo assim, "se não alcançamos o sucesso, isso quererá dizer que a outra parte é muito teimosa, porque meu governo está preparado para ser lógico e para cooperar com o resto do mundo", acrescentou.
Rohani descartou que o atual afastamento entre Washington e Moscou vá se refletir-se nas negociações, e louvou o pacto de Genebra de novembro passado, que obrigava a Teerã a frear as partes mais polêmicas de seu programa atômico em troca de uma leve e temporária suspensão de algumas sanções.
Pelo acordo, as partes se comprometiam a assinar um texto final em seis meses.
O presidente iraniano disse também que seu país está cumprindo todo o combinado, e que a solução definitiva para um problema de tantos anos "leva tempo".
Rohani se reuniu ontem também em Xangai com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que lhe transmitiu sua esperança de que as próximas negociações entre Irã e o Grupo 5+1 "resolvam as preocupações internacionais pendentes sobre o programa nuclear iraniano".