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Irã confirma teste de míssil denunciado por França, EUA e Reino Unido

Enquanto os EUA afirmam que o teste foi uma violação ao acordo nuclear, França e Reino Unido tratam o episódio como "não adequado"

Irã: a agência iraniana não informou a data do teste nem o tipo de míssil (STR/Reuters)

Irã: a agência iraniana não informou a data do teste nem o tipo de míssil (STR/Reuters)

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AFP

Publicado em 11 de dezembro de 2018 às 09h52.

A Guarda Revolucionária do Irã confirmou que realizou um teste "recente" de um míssil, informou nesta terça-feira a agência Fars, uma semana depois de Estados Unidos, França e Reino Unido terem condenado o teste.

"Nós continuamos com os testes de mísseis e este recente foi um teste significativo", afirmou o general de brigada Amirali Hajizadeh, comandante da força aeroespacial da Guarda Revolucionária, a tropa de elite das Forças Armadas da República Islâmica do Irã.

"A reação americana mostra que o teste era muito importante para eles e que fez com que chorassem", completou a agência Fars, antes de citar um oficial que recordou que o Irã realiza a cada ano entre 40 e 50 testes de mísseis.

A agência iraniana não informou a data do teste nem o tipo de míssil.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, denunciou no início do mês um novo teste iraniano com um "míssil balístico de médio alcance capaz de transportar várias ogivas e de atacar alguma regiões europeias e todo o Oriente Médio".

Depois de condenarem o teste, França e Reino Unido pediram uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o programa balístico iraniano.

Durante a reunião, no dia 4 de dezembro, o governo dos Estados Unidos não conseguiu obter uma "condenação unânime" do teste como uma "violação" dos compromissos internacionais do Irã.

Washington considera que os testes de mísseis balísticos de Teerã violam a resolução 2231 do Conselho de Segurança, também incluída no acordo nuclear de 2015 que o governo dos Estados Unidos abandonou unilateralmente em maio.

Paris e Londres não consideram uma violação, já que estes não se "adequam" aos princípios da resolução 2231, mas sim o qualificam como uma "provocação".

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