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Irã confirma ter completado processo de troca de combustível

O responsável iraniano expressou sua esperança que todas as sanções sejam eliminadas para que as condições em diversos setores voltem ao normal


	Acordo nuclear: "foram importadas cerca de 197 toneladas (de óxido de urânio concentrado) e foram exportadas 11 toneladas de urânio enriquecido"
 (Kenzo Tribouillard/AFP)

Acordo nuclear: "foram importadas cerca de 197 toneladas (de óxido de urânio concentrado) e foram exportadas 11 toneladas de urânio enriquecido" (Kenzo Tribouillard/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2015 às 09h58.

Teerã - O Irã confirmou nesta terça-feira que nos últimos dias completou o processo de operação de troca de combustível, segundo o que tinha sido combinado e em cumprimento do acordo alcançado em julho com as grandes potências sobre seu controverso programa nuclear.

O chefe da Organização da Energia Atômica do Irã (OEAI), Ali Salehi, informou hoje que "nesta troca foram importadas cerca de 197 toneladas (de óxido de urânio concentrado) ao país e foram exportadas 11 toneladas de urânio enriquecido".

"Nós primeiro recebemos e depois exportamos nosso urânio", explicou Salehi, que acrescentou que o Irã nesta troca atuou de acordo com a ordem do líder supremo iraniano, Ali Khamenei, que tinha decidido que "na troca o país atuaria de tal modo que primeiro receberia a carga e depois exportaria o que fosse preciso exportar".

O responsável iraniano também expressou sua esperança que todas as sanções sejam eliminadas para que as condições nos setores "bancário, comercial, e econômico", entre outros, voltem ao normal.

Segundo o acordo, a República Islâmica se comprometeu a limitar suas reservas de urânio enriquecido a 300 quilogramas, a desmantelar dois terços de suas centrífugas e a transformar o reator de água pesada de Arak para evitar que produza plutônio.

Uma vez que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmar que Teerã cumpriu com todos seus compromissos, as grandes potências (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) levantarão as sanções internacionais.

Precisamente, a AIEA arquivou há duas semanas a investigação sobre a possível dimensão militar do programa nuclear iraniano e abriu assim a via para aplicar o histórico acordo a partir de janeiro.

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