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Irã condena dois turistas americanos a oito anos de prisão

Shane Bauer e Josh Fattal receberam sentença de três anos de prisão por terem entrado ilegalmente no Irã e de cinco anos por espionagem para uma agência americana

Shane Bauer e Josh Fattal: americanos foram condenados a 8 anos de prisão (AFP)

Shane Bauer e Josh Fattal: americanos foram condenados a 8 anos de prisão (AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2011 às 16h07.

Dois americanos, detidos há dois anos no Irã por espionagem, foram condenados a oito anos de prisão cada, anunciou neste sábado o site do canal de televisão estatal, citando fonte judicial.

Shane Bauer e Josh Fattal receberam sentença de três anos de prisão por terem entrado ilegalmente no Irã e de cinco anos por "espionagem para uma agência americana", precisou a página na internet, que não precisou a data da condenação.

O julgamento aconteceu a portas fechadas e sem uma das acusadas, Sarah Shourd, que retornou aos Estados Unidos depois de libertada sob fiança (500.000 dólares) por motivo de saúde, em setembro de 2010.

Bauer e Fattal, de 29 anos os dois, e Shourd, de 32, foram presos em 31 de julho de 2009 na fronteira entre o Iraque e o Irã, onde disseram ter entrado por engano depois de se perderem durante uma excursão nas montanhas do Curdistão iraquiano.

Os três americanos se declararam inocentes das acusações de espionagem.

Os Estados Unidos desmentiram categoricamente as acusações contra seus três cidadãos e exigiram a libertação deles.

Segundo a Casa Branca, "estamos trabalhando para confirmar os notícias, ao mesmo tempo em que mantemos contato com a missão diplomática suíça para obtener mais informação", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, em comunicado.

A missão suíça defende os intereses de Washington no Irã desde que ambos países romperam relações diplomáticas, em 1980.

"Pedimos em repetidas ocasiões a libertação de Shane Bauer e Joshua Fattal, reclusos na penitenciária de Evin do Irã há dois anos", acrescentou.

"Ficaram confinados muito tempo, e chegou o momento de reuni-los a suas famílias".

Ouvido pela AFP, um porta-voz das famílias recusou-se a dar declarações por enquanto.

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