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Irã aumenta sua capacidade nuclear, diz relatório

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse este mês que as sanções haviam abalado o programa nuclear iraniano

Said Jalili, principal negociador nuclear do Irã: relatório contradiz declarações dos Estados Unidos (Bulent Kilic/AFP)
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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2011 às 11h00.

 Viena - O Irã possui a capacidade técnica para fabricar uma arma nuclear e suas atividades atômicas não parecem estar diminuindo, disse um relatório científico, contradizendo declarações dos EUA de que o programa de Teerã sofreu revezes.</p> 

As descobertas, publicadas na sexta-feira pela Federação de Cientistas Americanos (FAS na sigla em inglês) no momento em que potências mundiais e o Irã realizam um encontro em Istambul, pode alimentar novos debates sobre se o programa nuclear iraniano está ou não tendo problemas.

"Cálculos baseados em dados da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) mostram que o Irã melhorou o desempenho de seu enriquecimento ao longo do ano passado," declarou Ivanka Barzashka, pesquisador associada à FAZ.

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"Ao contrário de declarações de autoridades dos EUA e de muitos especialistas, está claro que o Irã não parece estar desacelerando seu esforço nuclear."

O urânio enriquecido pode ser usado como combustível de estações de energia, o que o Irã declara ser seu objetivo. Também pode fornecer material para bombas atômicas se for mais refinado, que é o que o ocidente suspeita que a República Islâmica esteja buscando.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse este mês que as sanções haviam abalado o programa nuclear iraniano, dando às potências mais tempo para persuadi-los a rever sua posição.

Seus comentários foram a primeira afirmação pública dos EUA de que o projeto atômico do Irã foi retardado.

No início do mês, a inteligência israelense afirmou que Israel agora crê que o Irã não seria capaz de produzir uma arma nuclear antes de 2015 e que uma alta autoridade local desaconselhou ações militares preventivas.

O fato instilou nova confiança em sanções impulsionadas pelos EUA e em outras medidas que pretendem desestimular ou atrasar o esforço nuclear iraniano. Alguns analistas o viram como sinal de uma redução no risco de que a disputa avance para um conflito militar no curto prazo.

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