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Irã aprova moção que classifica Pentágono como força terrorista

De acordo com a moção, chamada de "vingança severa", membros do Pentágono envolvidos na morte do general Soleimani são identificados como forças terroristas

A morte do general Soleimani aumentou a tensão entre Irã e Estados Unidos (Handout/Reuters)

A morte do general Soleimani aumentou a tensão entre Irã e Estados Unidos (Handout/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de janeiro de 2020 às 10h18.

Última atualização em 7 de janeiro de 2020 às 14h12.

Teerã — O Parlamento do Irã aprovou nesta terça-feira, por unanimidade, uma moção chamada "vingança severa" que qualifica o Pentágono e o Exército dos Estados Unidos como forças terroristas, em retaliação ao assassinato do comandante Qasem Soleimani.

Esta moção é uma emenda de um projeto de lei previamente ratificado que declarou o Comando Central dos EUA (CENTCOM) como organização terrorista, uma medida de reciprocidade pela inclusão dos Guardiões da Revolução Islâmica por Washington na lista de grupos terroristas.

O presidente do Parlamento iraniano, Ali Lariyani, explicou na sessão que, com a medida de hoje, a Câmara anuncia que "todos os membros do Pentágono, comandantes, agentes e responsáveis pelo martírio do general Soleimani são identificados como forças terroristas".

"Seguindo a cruel medida americana de assassinar o general Soleimani, cuja responsabilidade foi aceita pelo presidente dos EUA, modificamos a lei anterior", disse Lariyani, citado pela mídia oficial.

Soleimani, comandante da Força Quds, unidade especial dos Guardiões da Revolução Islâmica, morreu na última sexta-feira em um bombardeio seletivo dos EUA em Bagdá, onde também morreu o vice-presidente da milícia iraquiana majoritariamente xiita, Forças de Mobilização Popular (PMF, na sigla em inglês), Abu Mahdi al-Muhandis.

Em seu discurso, o presidente do Parlamento também disse que "o ato brutal do presidente dos EUA (Donald Trump) é uma operação de guerra terrorista que esconde em seu coração um total desrespeito à nação do Iraque".

"O povo iraniano não vai perdoá-lo. Você vai sentir o gosto do castigo por esse ato cruel pelo qual é responsável e pelo qual colocou em risco a segurança da região. Você deve ser responsabilizado", acrescentou Lariyani, dirigindo-se a Trump.

Além disso, na sessão de hoje, com a permissão do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, foi decidido dedicar, segundo Lariyani, 200 milhões de euros (cerca de R$ 907 milhões) aos Guardiões da Revolução para reforçar esse corpo militar de elite.

Após a aprovação da moção, os deputados gritaram "Morte aos EUA", como fizeram em uma sessão há dois dias.

Por outro lado, o chefe da comissão jurídica do Parlamento, Alahyar Malekshahi, informou que eles estão preparando uma queixa contra o governo dos EUA e o presidente Donald Trump, que eles enviarão a Corte Penal Internacional e ao secretário-geral da ONU.

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