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Irã ameaça ensinar aos EUA 'o que significa uma verdadeira guerra'

Ministro da Defesa alertou que 'os que ameaçam a nação iraniana devem decidir até que ponto estão dispostos a se sacrificar"

Reator nuclear iraniano: tensão aumenta na região (Getty Images)

Reator nuclear iraniano: tensão aumenta na região (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2011 às 13h59.

Teerã - O ministro da Defesa do Irã, Ahmad Vahidi, avisou aos Estados Unidos que seu país está preparado para ensinar 'o que significa uma verdadeira guerra'.

'O Irã é muito forte neste momento e está preparado para mostrar aos EUA o que significa uma autêntica guerra, se eles realizarem um ato de loucura', disse Vahidi perante uma multidão de Voluntários Islâmicos na cidade de Bushehr, informaram a imprensa local.

As frequentes notícias sobre armas e preparação bélica e os desafios às potências 'arrogantes', especialmente EUA e Israel, aumentaram no Irã depois que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) demonstrou sua suspeita que o programa nuclear iraniano tem uma vertente militar.

Vahidi advertiu este domingo que 'os que ameaçam a nação iraniana devem decidir até que ponto estão dispostos a se sacrificar e quantos deles estão dispostos a morrer'.

'Também devem saber por quanto tempo poderiam suportar uma guerra e em que medida tolerariam ver afundar seus navios de guerra e ter em mente como vão se proteger dos golpes destrutivos e poderosos dos mísseis e foguetes do Irã', acrescentou.

O ministro advertiu ao Governo dos EUA que não devem crer que tem experiência em guerras, porque no Iraque o regime de Saddam Hussein 'se rendeu' e no Afeganistão ocuparam o país porque 'não havia ninguém para lutar', mas agora, 'sua situação em ambos países é muito adversa', com uma resistência crescente.

Além disso, os iranianos advertiram que não duvidarão em recorrer à guerra econômica e que, se forem atacados, podem cortar o Estreito de Ormuz, pelo qual sai um terço do petróleo que se consome no mundo.

Isto poderia criar escassez de petróleo em muitos países, disparar ainda mais os preços e provocar uma hecatombe de consequências imprevisíveis em uma situação de crise que já afeta grande parte do mundo. EFE

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