Irã ameaça autoridades dos EUA pela morte de Soleimani
Ex-presidente Donald Trump ordenou a morte do general sob alegação de plano de ataque "iminente"
AFP
Publicado em 3 de janeiro de 2022 às 16h02.
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, ameaçou nesta segunda-feira(3) com vingança aos ex-presidentes dos Estados Unidos, incluindo Donald Trump, que ele apontou como responsáveis pela morte do general Qasem Soleimani no início de 2020 em Bagdá.
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"Seria bom se o julgamento do Sr. Trump, Pompeo (ex-secretário de Estado) e outros criminosos fosse realizado em um tribunal justo, onde seus crimes horríveis fossem julgados e eles enfrentassem a justiça por suas ações", disse Raisi.
"Do contrário, direi a todos os líderes americanos que a mão da vingança sem dúvida sairá da nação muçulmana", acrescentou.
“O agressor e principal assassino, o então presidente dos Estados Unidos, deve enfrentar a justiça e a punição”, destacou.
Raisi se dirigiu a milhares de pessoas no maior salão de orações de Teerã durante o evento principal para marcar o aniversário da morte de Soleimani.
Os participantes seguravam bandeiras nacionais e retratos do general assassinado, em uma cerimônia transmitida pela televisão estatal.
Durante o evento, Raisi descreveu Soleimani como um símbolo da revolução iraniana e de "coragem e racionalidade".
Soleimani, um dos mais importantes comandantes dos Guardiões da Revolução, o exército ideológico da República Islâmica, foi morto por um ataque de drones dos EUA em 3 de janeiro de 2020 no aeroporto de Bagdá.
Cinco dias depois, o Irã respondeu disparando mísseis contra duas bases americanas no Iraque. Nenhum soldado americano foi morto nesses ataques, mas Washington disse que dezenas de pessoas sofreram lesões cerebrais devido às explosões.
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou a morte de Soleimani, alegando que o general preparava um ataque "iminente" contra militares americanos na capital iraquiana.
Na sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores do Irã disse em uma mensagem no Twitter que "o atual governo dos EUA tem a responsabilidade internacional final por esse crime".