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Irã afirma ter extraído dados de avião espião dos EUA

"Os dados decodificados revelam que o avião não-tripulado não tinha planificado vigiar nenhuma instalação do programa nuclear iraniano", disse o chefe militar


	Avião de reconhecimento RQ-170 Sentinela: antes deste último incidente, o Irã acusou os EUA de terem violado oito vezes seu espaço aéreo desde outubro
 (AFP)

Avião de reconhecimento RQ-170 Sentinela: antes deste último incidente, o Irã acusou os EUA de terem violado oito vezes seu espaço aéreo desde outubro (AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2012 às 15h27.

Teerã - Os militares do Irã afirmaram nesta segunda-feira que decodificaram todos os dados do avião espião não-tripulado RQ-170, que pertence aos Estados Unidos, informou a imprensa local.

O chefe da Divisão Aeroespacial do Corpo de Guardiães da Revolução, general Amir Ali Hayizadeh, explicou que os instrumentos e computadores do aparelho, o mais moderno dos aviões não-tripulados dos EUA, foram "totalmente decodificados".

Um ano depois que o Irã anunciou a captura do SQ-170, em 4 de dezembro de 2011, Hayizadeh afirmou que os técnicos iranianos "conhecem todas as missões que o aparelho realizou".

"Os dados decodificados revelam que o avião não-tripulado não tinha planificado vigiar nenhuma instalação do programa nuclear iraniano", disse o chefe militar, que assegurou que os EUA deram essa explicação, segundo ele, "como desculpa para realizar práticas hostis" contra o Irã.

No ano passado, o Irã afirmou ter capturado, quase sem danos, um RQ-170 americano perto da fronteira com o Afeganistão, e o aparelho foi reconhecido pelas autoridades de Washington.

O Irã afirmou em várias ocasiões que tinha derrubado aviões espiões não-tripulados tanto israelenses como americanos em seu espaço aéreo, tanto sobre terra como sobre água.

Recentemente, ocorreram dois incidentes entre EUA e Irã, quando caças iranianos dispararam contra um avião não-tripulado americano que sobrevoava o Golfo Pérsico, mas não chegou a ser abatido.

Em 4 de dezembro, o Irã anunciou que tinha capturado um avião de observação não-tripulado americano ScanEagle, que seus militares afirmaram que recolhia informações militares e de matéria petrolífera.

Antes deste último incidente, o Irã acusou os EUA de terem violado oito vezes seu espaço aéreo desde outubro, apresentou protestos à ONU e afirmou que o país "preservará e protegerá" seu território "de maneira contundente". 

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