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Investimento estrangeiro cai 10% no Brasil em 2023, aponta relatório da ONU

FDI caiu 2% no mundo no ano passado, por conta de crises e falhas em cadeias de produção

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 20 de junho de 2024 às 15h40.

Última atualização em 20 de junho de 2024 às 16h16.

O fluxo de investimentos estrangeiros diretos (FDI, na sigla em inglês), caiu 2% em 2023, para 1,3 trilhão de dólares, mostra um relatório da UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) divulgado nesta quinta-feira, 20.

A queda do FDI ajuda a reduzir o ritmo da economia global, ao frear a expansão de projetos de investimentos em infraestrutura e em melhorias para os países mais pobres. O fluxo de investimentos para países em desenvolvimento caiu 7% no período, para 867 trilhões de dólares.

No Brasil, o FDI atingiu 65,8 bilhões dólares em 2023, ante 73,3 bilhões dólares em 2022, uma queda de 10,23%. O valor de FDI do país em 2023 ficou próximo ao registrado em 2019. Naquele ano, foram 65.3 bilhões de dólares.

Desde 1990, início da série histórica, o maior volume de FDI do Brasil foi registrado em 2011, com 97,4 bilhões de dólares.

Diminuição do FDI

Entre as razões para a diminuição do FDI em 2023, estão crises, políticas protecionistas, realinhamentos regionais e falhas nas cadeias globais de produção. "Isso mina a estabilidade e previsibilidade dos fluxos de investimento global, criando obstáculos e oportunidades isoladas", diz o relatório.

Para 2024, a previsão é que o ano siga desafiador para investimentos externos, mas que há possibilidade de crescimento modesto.

Segundo o estudo, os investimentos estão crescendo em muitas cadeias de produção intensiva, como automóveis e eletrônicos., em regiões e países com acesso fácil aos principais mercados. No entanto, muitos países em desenvolvimento continuam marginalizados, com dificuldade para atrair investimentos e se integrar às cadeias de produção.

 

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