Avião da Malaysia Airlines: militar ucraniano que desertou para a Rússia afirmou ter visto a decolagem de um avião com mísseis ar-ar e retornar sem os projéteis (Charles Pertwee/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 24 de dezembro de 2014 às 11h51.
Um avião de combate estava envolvido na queda do voo MH17 da companhia Malaysia Airlines, derrubado no leste da Ucrânia em julho, afirmaram investigadores russos.
Um militar ucraniano que desertou para a Rússia afirmou ter visto a decolagem de um avião com mísseis ar-ar e retornar sem os projéteis após a queda da aeronave, segundo a comissão russa que investiga o caso.
"Segundo esta testemunha, o avião comercial Boeing-777 do voo MH17 pode ter sido derrubado em 17 de julho por um avião militar Su-25 da Força Aérea ucraniana pilotado pelo capitão Voloshin", afirma um comunicado.
A testemunha, que foi submetida a um detector de mentiras, segundo os investigadores russos, viu a decolagem do avião de uma base aérea, onde estava de serviço, perto de Dnipropetrovsk, segundo a comissão.
A fonte afirmou ter visto o avião decolar com mísseis ar-ar R-60.
"A testemunha percebeu pouco depois que o avião retornou para a base sem os mísseis e ouviu o piloto afirmar: 'o avião estava no lugar errado na hora errada", segundo o comunicado.
O comitê de investigação destacou que está disposto a compartilhar as provas com os investigadores internacionais.
O voo MH17 da Malaysia Airlines, que viajava de Amsterdã a Kuala Lumpur, foi derrubado em 17 de julho no leste da Ucrânia.
As 298 pessoas a bordo, das quais mais de dois terços eram holandesas, morreram na tragédia.
Em um primeiro relatório divulgado em setembro, os investigadores internacionais afirmaram que o Boeing 777 havia sido atingido no ar por "projéteis de alta energia", mas não confirmaram se seriam mísseis.
O relatório definitivo deve ser divulgado em meados de 2015.