Investigação em bateria de Boeing 787 aponta para célula
A presidente da NTSB, Deborah Hersman, criticou processo de certificação da bateria pela Administração Federal de Aviação, que aprovou todos os novos aviões 787 para voo
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 18h23.
Washington - Investigadores americanos de segurança aérea identificaram como ocorreu o incêndio em uma bateria de um Boeing 787 Dreamliner no mês passado, mas ainda não descobriram a causa, informou esta quinta-feira a chefe do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, sigla em inglês).
A presidente da NTSB, Deborah Hersman, criticou o processo de certificação da bateria pela Administração Federal de Aviação (FAA), que aprovou todos os novos aviões 787 para voo.
"Os critérios usados para certificar a bateria precisam ser reconsiderados", afirmou, acrescentando que sua agência está realizando testes nas baterias para determinar "porque os riscos não foram mitigados".
No processo normal de certificação, que se concentra unicamente na segurança, a FAA confiava pesadamente nas informações fornecidas pela Boeing, afirmou.
Segundo ela, a Boeing calculou que a ocorrência de fumaça na bateria aconteceria menos de uma vez em 10 milhões de horas de voo, enquanto na verdade aconteceu duas vezes em menos de 100 mil horas de voo.
Hersman disse que as evidências apontam para uma única célula na bateria de íons de lítio de oito células de um 787 de uma companhia aérea japonesa no aeroporto de Logan, em Boston.
Havia diversas evidências de curto-circuito na célula, o que levou a um aumento incontrolável da temperatura ou a uma fuga térmica para as células adjacentes, explicou Hersman.
"Agora estamos trabalhando para identificar a causa do curto-circuito na sexta célula", afirmou em uma coletiva de imprensa para informar sobre os avanços na identificação das causas do incidente ocorrido em 7 de janeiro.
"Até o momento, não chegamos a nenhuma conclusão", acrescentou.
O incêndio da bateria, e uma bateria queimada que forçou um avião da All Nippon Airways a realizar um pouso de emergência no dia 16 de janeiro, levaram à permanência em terra de todas as 50 aeronaves 787 em serviço até que o problema seja corrigido.
Enquanto os aviões completam quatro semanas em solo, Hersman disse que os investigadores excluíram danos de impacto mecânico à bateria, e agora estavam focados na carga das células, bem como na fabricação e no desenho da bateria.
Segundo ela, a NTSB concluiu a desmontagem da bateria queimada e está realizando uma investigação "microscópica", enquanto continua a trabalhar de perto com colegas japoneses e franceses.
A francesa Thales projetou o sistema elétrico do Dreamliner e a japonesa GS Yuasa ficou encarregada de produzir as baterias.
Um relatório detalhado sobre as duas linhas de investigação - sobre o incêndio e uma revisão da certificação e testagem da bateria - será divulgado no prazo de 30 dias, afirmou.
Washington - Investigadores americanos de segurança aérea identificaram como ocorreu o incêndio em uma bateria de um Boeing 787 Dreamliner no mês passado, mas ainda não descobriram a causa, informou esta quinta-feira a chefe do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, sigla em inglês).
A presidente da NTSB, Deborah Hersman, criticou o processo de certificação da bateria pela Administração Federal de Aviação (FAA), que aprovou todos os novos aviões 787 para voo.
"Os critérios usados para certificar a bateria precisam ser reconsiderados", afirmou, acrescentando que sua agência está realizando testes nas baterias para determinar "porque os riscos não foram mitigados".
No processo normal de certificação, que se concentra unicamente na segurança, a FAA confiava pesadamente nas informações fornecidas pela Boeing, afirmou.
Segundo ela, a Boeing calculou que a ocorrência de fumaça na bateria aconteceria menos de uma vez em 10 milhões de horas de voo, enquanto na verdade aconteceu duas vezes em menos de 100 mil horas de voo.
Hersman disse que as evidências apontam para uma única célula na bateria de íons de lítio de oito células de um 787 de uma companhia aérea japonesa no aeroporto de Logan, em Boston.
Havia diversas evidências de curto-circuito na célula, o que levou a um aumento incontrolável da temperatura ou a uma fuga térmica para as células adjacentes, explicou Hersman.
"Agora estamos trabalhando para identificar a causa do curto-circuito na sexta célula", afirmou em uma coletiva de imprensa para informar sobre os avanços na identificação das causas do incidente ocorrido em 7 de janeiro.
"Até o momento, não chegamos a nenhuma conclusão", acrescentou.
O incêndio da bateria, e uma bateria queimada que forçou um avião da All Nippon Airways a realizar um pouso de emergência no dia 16 de janeiro, levaram à permanência em terra de todas as 50 aeronaves 787 em serviço até que o problema seja corrigido.
Enquanto os aviões completam quatro semanas em solo, Hersman disse que os investigadores excluíram danos de impacto mecânico à bateria, e agora estavam focados na carga das células, bem como na fabricação e no desenho da bateria.
Segundo ela, a NTSB concluiu a desmontagem da bateria queimada e está realizando uma investigação "microscópica", enquanto continua a trabalhar de perto com colegas japoneses e franceses.
A francesa Thales projetou o sistema elétrico do Dreamliner e a japonesa GS Yuasa ficou encarregada de produzir as baterias.
Um relatório detalhado sobre as duas linhas de investigação - sobre o incêndio e uma revisão da certificação e testagem da bateria - será divulgado no prazo de 30 dias, afirmou.