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Intelectuais hispânicos atacam "discurso de ódio" de Trump

O manifesto traz a assinatura de artistas como o escritor peruano Mario vargas Llosa e o cineasta mexicano Alejandro González Iñárritu, entre outros


	Donald Trump: assinantes dizem que candidato utiliza um "discurso de ódio e apela às mais baixas paixões, como a xenofobia, o machismo, a intolerância política e o dogmatismo religioso"
 (Rick Wilking/Reuters)

Donald Trump: assinantes dizem que candidato utiliza um "discurso de ódio e apela às mais baixas paixões, como a xenofobia, o machismo, a intolerância política e o dogmatismo religioso" (Rick Wilking/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2015 às 08h06.

O pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos Donald Trump utiliza um "discurso de ódio" contra os imigrantes que não deveria ser tolerado, afirmam mais de 60 intelectuais e cientistas hispânicos em um manifesto ao qual a AFP teve acesso nesta quarta-feira.

O manifesto traz a assinatura de artistas como o escritor peruano Mario vargas Llosa, o cineasta mexicano Alejandro González Iñárritu, o escritor chileno Jorge Edwards e o artista cubano Ramón Díaz Alejandro, entre outros.

Os 67 assinantes se "negam a manter silêncio diante das alarmantes declarações" de Trump, que utiliza um "discurso de ódio e apela às mais baixas paixões, como a xenofobia, o machismo, a intolerância política e o dogmatismo religioso".

O documento recorda que Trump afirmou que se for eleito deportará dos EUA os cerca de 11 milhões de imigrantes em situação irregular, e que promete construir um gigantesco muro na fronteira com o México.

O manifesto destaca que a deportação de milhões de imigrantes "será catastrófica para estados como Califórnia, Arizona, Novo México e Texas, onde a maior parte do trabalho manual é mexicano".

Os assinantes, incluindo muitos professores de universidades americanas, também recordaram que recentemente Trump expulsou de uma entrevista coletiva o jornalista hispânico Jorge Ramos porque este lhe fez uma "pergunta incômoda", além de tecer comentários depreciativos sobre as mulheres.

Neste ambiente de intolerância, "as agressões físicas contra os hispânicos e os apelos à proibição do uso público do espanhol já começaram", adverte o manifesto.

O documento conclui que a conduta de Trump é "indigna de um candidato à presidência do país mais poderoso do mundo".

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