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Insurgentes ocupam campos de petróleo no Iraque

Sunitas continuavam o avanço de duas semanas liderado pelo EIIL, mas que também inclui grupos sunitas revoltados com o governo de Maliki


	Combatente do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) em Mussul, no Iraque
 (Reuters)

Combatente do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) em Mussul, no Iraque (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2014 às 17h07.

Bagdá - Militantes atacaram uma das maiores bases aéreas do Iraque e assumiram o controle de vários pequenos campos de petróleo nesta quarta-feira, quando tropas das forças especiais e conselheiros de inteligência dos Estados Unidos chegaram para ajudar as forças de segurança iraquianas a conter a crescente insurgência sunita.

O primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, que luta para manter o cargo e sofre pressão internacional para criar um governo mais inclusivo, disse apoiar o início do processo de formação de um novo gabinete dentro de uma semana.

No norte do país, os militantes sunitas continuavam o avanço de duas semanas liderado pelo movimento Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL), mas que também inclui grupos sunitas revoltados com o governo de Maliki.

Esses grupos culpam Maliki por marginalizar a etnia deles durante os oito anos no poder. Os combates ameaçam dividir o país dois anos e meio após o fim da ocupação norte-americana.

Em visita ao país nesta semana, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, pressionou autoridades iraquianas a formar um governo “inclusivo” e exortou os líderes da região autônoma curda a ficar ao lado de Bagdá contra a rebelião.

Uma sessão no Parlamento está marcada para acontecer em até uma semana e dará início ao processo de formação de um novo governo baseado nos resultados das eleições de abril.

A coalizão xiita Estado de Direito, liderada por Maliki, conquistou a maioria dos assentos, mas precisa do apoio de outros grupos xiitas, sunitas e curdos para formar um governo.

“Iremos comparecer à primeira sessão do Parlamento”, declarou Maliki no canal de TV estatal, acrescentando que o comprometimento deriva da “lealdade de nosso povo” e do respeito por uma conclamação dos clérigos iraquianos, cuja maioria é xiita.

Na sexta-feira, o grande aiatolá xiita Ali al-Sistani, o clérigo mais respeitado entre a maioria xiita do Iraque, pediu que o processo de formação do governo seja iniciado.

Os combates tiraram cidades pequenas e grandes no norte e no oeste do controle do governo central de Bagdá. Mossul, a maior metrópole do norte do país, caiu nas mãos dos sunitas em 10 de junho.

A Organização das Nações Unidas (ONU) diz que mais de mil pessoas, a maioria civis, foram mortas durante o avanço dos insurgentes sunitas no Iraque, encabeçados pelo EIIL.

A televisão estatal iraquiana informou que conselheiros do Pentágono recém-chegados se encontraram com o comandante de operações de Bagdá e concordaram em criar um comando de operação conjunto.

Militantes do EIIL e de tribos sunitas aliadas enfrentaram forças iraquianas na cidade de Yathrib, 90 quilômetros ao norte de Bagdá nas primeiras horas desta quarta-feira, disseram testemunhas e uma autoridade local. Quatro militantes foram mortos, afirmaram.

Os insurgentes cercaram uma grande base aérea nas proximidades que é conhecida como "Acampamento Anaconda" sob ocupação dos EUA e bombardearam com morteiros. Testemunhas disseram que a base aérea tinha sido cercado pelos três lados.

Bagdá está correndo contra o tempo, enquanto os insurgentes consolidam o seu controle nas províncias sunitas.

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