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Instituição quer 2,6 bi de euros para vacinar 4 mi de crianças

Conferência deve reunir chefes de Governo, autoridades de Saúde de todo o mundo, doadores públicos e privados, e fabricantes de vacinas

Segundo o organismo, quase 2 milhões de crianças morrem por ano de doenças preveníveis com vacinas (Win McNamee/Getty Images)

Segundo o organismo, quase 2 milhões de crianças morrem por ano de doenças preveníveis com vacinas (Win McNamee/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2011 às 09h40.

Londres - A Aliança Global para Vacinação e Imunização (Gavi) faz nesta segunda-feira um chamado em Londres para arrecadar 2,6 bilhões de euros destinados a financiar vacinas contra a pneumonia e a diarreia, que poderiam ajudar a salvar nos próximos quatro anos as vidas de 4 milhões de crianças.

Chefes de Governo, autoridades de Saúde de todo o mundo, doadores públicos e privados, e fabricantes de vacinas reúnem-se na capital britânica na conferência.

"Saving children's lives" (Salvando as vidas de crianças, em livre tradução).

A reunião, em um hotel londrino, será aberta pelo primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e presidida pelo secretário de Estado para Desenvolvimento Internacional britânico, Andrew Mitchell, Bill Gates, co-presidente da fundação Bill & Melinda Gates, e a presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf.

Antes da conferência, os organizadores destacaram que as novas vacinas "são a oportunidade para crianças terem os primeiros anos de vida saudáveis" e lembraram que, apesar dos avanços dos últimos anos, "quase 2 milhões de crianças morrem por ano de doenças preveníveis com vacinas".

"A maioria das mortes ocorrem em países pobres. A pneumonia e a diarreia são dois dos principais assassinos, responsáveis por quase 40% dos óbitos infantis", expuseram.

A Gavi quer aproveitar a ocasião para avançar na luta contra a mortalidade infantil dos menores de cinco anos, uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU, e na melhoria da saúde maternal e da infância, dentro da Iniciativa Muskoka aprovada pelos líderes do Grupo dos Oito (G8, que reúne os países mais desenvolvidos do mundo).

A quantia pretendida pela aliança permitiria a imunização adicional de 243 milhões de crianças nos países pobres com vacinas contra o pneumococo (causador da pneumonia e da meningite), o rotavírus, a gripe hemofílica tipo b (Hib), a hepatite e a febre amarela.

Permitira a plena aplicação da vacina pentavalente e introduzir novas vacinas contra o vírus do papiloma humano (VPH) causadora do câncer de colo de útero, a meningite A, a rubéola, a febre tifóide e a encefalite japonesa.

A Gavi defendeu sua trajetória, lembrando que graças ao respaldo de doadores, que forneceram 2,780 bilhões de euros até o momento, foi possível evitar na última década a morte de 5 milhões de menores de cinco anos nos países sem recursos.

Isto foi possível graças à vacinação de 288 milhões de crianças, que "demonstram que os investimentos em imunização estão entre os que mais valiosos em troca do dinheiro gasto em saúde global", disseram os organizadores.

Uma entrevista coletiva às 9h30 (de Brasília) vai apresentar as conclusões da conferência, que conta com a participação de Governos doadores da Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, Dinamarca, Estados Unidos, Espanha, França, Holanda, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, Noruega, Suécia e o Reino Unido.

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