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Inspetor geral da CIA deixará o cargo no final de janeiro

David Buckley nvestigou uma disputa entre a agência e o Congresso relativa aos procedimentos de detenção e tortura de suspeitos de terrorismo

A sede da CIA em Langley, Virginia: a saída de Buckley vinha sendo gerenciada há alguns meses (Saul Loeb/AFP)
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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2015 às 05h31.

Washington - O inspetor geral da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos ( CIA , sigla em inglês), David Buckley, que investigou uma disputa entre a agência e o Congresso relativa aos procedimentos de detenção e tortura de suspeitos de terrorismo, deixará seu cargo no final de janeiro, informou nesta segunda-feira a própria instituição em comunicado.

Buckley, que ocupou o cargo de investigação interna da CIA durante os últimos quatro anos, deixará a agência "para buscar oportunidades no setor privado", informou a agência em seu comunicado.

Segundo fontes da CIA citadas pelo jornal "The Wall Street Journal", a saída de Buckley vinha sendo gerenciada há alguns meses.

Em março, a presidente da Comissão de Inteligência do Senado, a democrata Dianne Feinstein, denunciou que a CIA invadiu os computadores do comitê para buscar documentos de uma investigação sobre os métodos de interrogatório da agência de inteligência e que tentou impedir sua publicação.

O relatório do Senado, fruto de uma investigação de mais de cinco anos, foi finalmente divulgado em dezembro e garante que a CIA realizou práticas de interrogatório "mais brutais" e menos efetivas do que tinha admitido nos anos posteriores aos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

A investigação de Buckley confirmou que, de fato, houve intromissão por parte do pessoal da agência de inteligência nos computadores dos membros da comissão, e repudiou as alegações da CIA de que funcionários do Senado tinham feito uso inadequado de documentos classificados.

Ao saber do relatório do Senado, o diretor da CIA, John Brennan, defendeu a legalidade dos métodos de interrogatório aplicados nos suspeitos de terrorismo após o 11/9 e, apesar de ter admitido a existência de práticas "abomináveis", disse que não era possível saber se informações "valiosas" foram obtidas graças a essas técnicas.

Buckley, cuja investigação gerou indignação tanto entre democratas como republicanos, enviou seus resultados ao Departamento de Justiça, mas, no entanto, ainda não houve consequências penais para nenhum membro da CIA.

Espera-se que o subinspetor geral, Christopher Sharpley, ocupe o posto de Buckley até que o presidente Barack Obama designe um substituto que deverá receber a aprovação do Senado.

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Washington - O inspetor geral da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos ( CIA , sigla em inglês), David Buckley, que investigou uma disputa entre a agência e o Congresso relativa aos procedimentos de detenção e tortura de suspeitos de terrorismo, deixará seu cargo no final de janeiro, informou nesta segunda-feira a própria instituição em comunicado.

Buckley, que ocupou o cargo de investigação interna da CIA durante os últimos quatro anos, deixará a agência "para buscar oportunidades no setor privado", informou a agência em seu comunicado.

Segundo fontes da CIA citadas pelo jornal "The Wall Street Journal", a saída de Buckley vinha sendo gerenciada há alguns meses.

Em março, a presidente da Comissão de Inteligência do Senado, a democrata Dianne Feinstein, denunciou que a CIA invadiu os computadores do comitê para buscar documentos de uma investigação sobre os métodos de interrogatório da agência de inteligência e que tentou impedir sua publicação.

O relatório do Senado, fruto de uma investigação de mais de cinco anos, foi finalmente divulgado em dezembro e garante que a CIA realizou práticas de interrogatório "mais brutais" e menos efetivas do que tinha admitido nos anos posteriores aos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

A investigação de Buckley confirmou que, de fato, houve intromissão por parte do pessoal da agência de inteligência nos computadores dos membros da comissão, e repudiou as alegações da CIA de que funcionários do Senado tinham feito uso inadequado de documentos classificados.

Ao saber do relatório do Senado, o diretor da CIA, John Brennan, defendeu a legalidade dos métodos de interrogatório aplicados nos suspeitos de terrorismo após o 11/9 e, apesar de ter admitido a existência de práticas "abomináveis", disse que não era possível saber se informações "valiosas" foram obtidas graças a essas técnicas.

Buckley, cuja investigação gerou indignação tanto entre democratas como republicanos, enviou seus resultados ao Departamento de Justiça, mas, no entanto, ainda não houve consequências penais para nenhum membro da CIA.

Espera-se que o subinspetor geral, Christopher Sharpley, ocupe o posto de Buckley até que o presidente Barack Obama designe um substituto que deverá receber a aprovação do Senado.

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